Vemos, ouvimos e lemos, sabemos e
experimentamos na pele os efeitos destrutivos de uma política cega para o país e
para a nossa cultura. Se não formos nós a denunciá-lo, agora, aqui, já não
sobrará ninguém para o fazer. Não se trata apenas de salvar as nossas pequenas
mas preciosas vidas, não se trata apenas de garantir o futuro dos jovens que
agora partem por não encontrar lugar neste país para a sua energia, talento e
trabalho. Trata-se de também da responsabilidade histórica indeclinável que nos
cabe de defender a riqueza e o património de gerações inteiras, de vidas, de
séculos. Da responsabilidade que temos em resistir a qualquer roubo, seja quando
nos roubam o salário, o trabalho ou o futuro. Da responsabilidade que temos de
lutar contra um orçamento de estado que mais uma vez vem cortar na cultura. De
lutar por isso, por eles e por nós, com toda a gravidade e coragem.
Dizemos que já tem tempo demais este caminho de
desresponsabilização do Estado e destruição do serviço público de cultura que
milhares de mulheres e homens asseguram. Dizemos que já são anos demais de
negação do direito constitucional de acesso de todos à cultura, à criação e à
fruição.
Nem na noite mais triste poderíamos abdicar
do que é justo, do mínimo da lista dos precisos. No momento em que é
apresentado mais um Orçamento do Estado contra a cultura, dizemos que o justo e
o preciso é 1% para a Cultura. Que é esta a nossa medida para os piores e os
melhores momentos.
Juntemos vozes em defesa da cultura
No dia da apresentação
do Orçamento do Estado
contra a cultura
7 de Novembro
ao meio-dia
na escadaria da Assembleia da
República!
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