Uma forma de nos associarmos ao apelo do ICOM International Council of Museums / Portugal sobre a Preservação das Coleções e Património do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), Lisboa, passará pela divulgação do Comunicado sobre o assunto. Aqui fica:
Pela Preservação das Coleções e Património
do Instituto
de Investigação Científica Tropical (IICT), Lisboa
COMUNICADO
Face às notícias vindas a público
esta semana, a
Comissão Nacional Portuguesa do ICOM expressa a sua mais profunda preocupação e
consternação sobre o enorme corte orçamental previsto para o Instituto de
Investigação Científica e Tropical (IICT) em 2014. A
confirmar-se, este corte coloca direta e imediatamente em risco as coleções,
arquivos e património do IICT ao nível da sua preservação, integridade e
recursos humanos afectos.
Com origem na Comissão de
Cartografia Portuguesa de 1883 e resultantes da investigação efectuada no âmbito das missões
ultramarinas, em diferentes áreas disciplinares, nos séculos XIX e XX, as
coleções do IICT incluem arquivos – sobretudo o Arquivo Histórico
Ultramarino (c. 16 km de documentação e 730.000 fotografias) –
coleções de
referência biológicas, geológicas e de solos (520 mil espécimes), coleções
arqueológicas e etnográficas (142 mil artefactos), coleções de mapas e cartas
(210 mil exemplares), bem como bibliotecas e coleções de equipamento
histórico-científico.
Além do seu incontestável valor
científico, as coleções do IICT materializam de forma evidente a identidade e
diversidade cultural das sociedades do espaço de influência lusófona,
contribuindo para o conhecimento das relações entre a Europa, África, América do
Sul e Ásia, do Atlântico ao Pacífico. Para além disso, constituem um instrumento
de enorme valor económico e ambiental, fundamental para uma correta gestão de
recursos naturais no quadro das políticas de cooperação e desenvolvimento. Em
particular, as coleções biológicas do IICT são as maiores do mundo na
representatividade da fauna e flora dos Países Africanos de Língua Oficial
Portuguesa (PALOP), documentando o ambiente terrestre, passado e presente,
destas regiões, contendo informação primária sobre biodiversidade e permitindo a
investigação sobre temas essenciais da contemporaneidade, como as alterações
climáticas com impacto nos ecossistemas e o desenvolvimento
sustentável. Continue a ler.
Sem comentários:
Enviar um comentário