terça-feira, 24 de março de 2020

SEJAMOS FRANCOS SOBRE A SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE DOS ARTISTAS E ENTIDADES CULTURAIS | PROCUREMOS RACIOCINIO ALTERNATIVO AO DA SENHORA MINISTRA | há que ter um Plano de Emergência para fazer face ao que já estava instalado a que se junta o que decorre da crise sanitária |


A internet está lenta, como lenta está a ser a reação do «Ministério da Cultura» à urgência do momento.Mas ao mesmo tempo, ó contradição!, com  precipitação - que traz confusão - naquilo que vai apresentando, aos soluços, e não haveria necessidade. Bem sabemos que nestes tempos devemos valorizar o melhor das coisas, e a intenção é essa mesma, e a ideia é contribuir para decisões mais apropriadas. Vamos a isso. Já tinha havido um anúncio de medidas que, como agora se diz, entretanto foi escalado, ontem   chegou - nos, pelos Alertas Google, que vai haver um milhão para «linha de apoio de emergência» que nos é apresentada como decorrente da crise sanitária que estamos a viver. Por exemplo, sobre a intervenção da DGARTES, segundo o que nos é dado ler no DN e a que se refere a imagem acima:

Cruzemos o que se  capta desta notícia do DN com o que emerge desta do Expresso - Ministério da Cultura avança com medidas excecionais - donde:

Pois bem, em linha com o Senhor Primeiro Ministro, sejamos francos,e longe de se dizer tudo o que haverá a observar:


Desde logo, há aqui uma abordagem legalista - há um contrato para cumprir, e aí o ponto de partida para tudo - como se as «entidades beneficiárias» não estivessem a cumprir um serviço público, e, por outro lado,  não tivessem que obedecer ao «Estado de Emergência»: elas não têm escolha de querer ou não querer suspender. São obrigadas a suspender. E aquela data «13 de Abril» ..., quando as entidades oficiais nos dizem que por essa data haverá «o pico»...
Depois, parece que em tudo isto os profissinais da cultura viverão numa «bolha», que não tem família, filhos com escolas encerradas, pessoas  em isolamento, em quarentena, em tratamento, em ...
Ou seja, como aliás é habitual, anunciam-se medidas com um contexto mal lido, ... Mal diagnosticado, sem ponderar o conhecimento de que se dispõe. Sim, há muito que desconhecemos, mas nas decisões do «Ministério» parece que não se vê o óbvio. Quiçá, o Governo poderia adiantar um conjunto de sugestões de atividades que nas atuais circunstâncias poderiam substituir o que estava programado até se entrar na «normalidade». Acolher as sugestões dos Agentes Culturais nesse sentido. Normalidade que virá, mas parece que nada vai ser como antes.   E quem é que neste momento pode programar para além do «amanhã»? Sim, é importante que as ENTIDADES FINANCIADAS saibam que o vão continuar a ser. Para que atividade? A curto prazo que o GOVERNO SUGIRA E ACEITE PROPOSTAS. Para formular uma estratégia global de emergência, que é diferente de medidas avulso. E nestas ocasiões mais necessária do que nunca. Agora, pedir já um novo calendário! Reconhecendo que pode não ser possível.Poupem-nos! Será que o ano vai ter mais do que 12 meses? Adivinha-se burocracia e mais burocracia ...
Relativamente   à linha de Apoio de Emergência: sim ainda bem que vem, mas como se vê para resolver um problema que vinha de trás - os não apoiados dos Concursos Bianuais.  Para o que a Senhora Ministra tinha prometido solução depois de ter estado a ouvir os Agentes Culturais... Veja aqui.
Em sintese: precisa-se de um PLANO DE EMERGÊNCIA PARA JÁ MAS COM FUTURO EM QUE A CULTURA E ARTES ESTEJAM NO CENTRO sabendo-se que sem os seus PROFISSIONAIS ele não existirá, e que estamos em tempos excepcionais que tem de ser tratados com medidas excepcionais de grande alcance. Sem burocracias. Com grandeza.


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