quinta-feira, 5 de março de 2020

ANDARÁ TUDO ISTO LIGADO? | ... |Dirigentes em regime de substituição como forma de governar | ... (3)

 
Veja no Diário da República

Este post faz parte série Andará tudo isto ligado? Antes: veja aqui.  e neste endereço.

Agora, não nos deixemos levar pela espuma dos dias. Isto é, lembremos que a questão dos DIRIGENTES NO «MINISTÉRIO DA CULTURA» é uma questão estrutural. E cada nomeação  ou demissão,  prolongamento da função em regime de substituição para lá do permitido, renovação de comissões  com défice de justificação, entradas e saidas alucinantes, ...  devem ser vistas  à luz de um  «caldo de cultura organizacional». Justifica-se que se exija um LIVRO BRANCO sobre esta matéria.  Que abranja não só os dirigentes superiores como intermédios.
Em geral, o sistema de seleção e recrutamento para os Dirigentes da Administração Pública existente de há muito que vem a ser criticado,  reclamando-se nova legislação. Mas esta problemática não é apenas de «legislação», e, ainda assim, se a norma fosse seguida e não a excepção - o regime de substituição é excepção - «outro galo cantaria». É um problema de GESTÃO. Ou seja, há regras, previstas ou não na lei, que a ciência e a técnica pertinentes, e de bom senso, mandam que sejam praticadas. E, antes de tudo, há o respeito que se deve ter pelos cidadãos.  Neste quadro, ao ler-se o que a Senhora Ministra da Cultura disse a propósito da contestação à nomeação do Diretor-Geral para o Património Cultural, em regime de substituição, diz tudo, e que podemos centrar no PERFIL PROFISSIONAL / OCUPACIONAL em questão. Quem trata esta dimensão da forma que nos é apresentada não precisa de dizer mais nada. Veja-se, por exemplo, no Observador: 
Leia na integra
Ó Senhora Ministra,  quantas pessoas não haverá por aí que correspondem ao que elegeu? Apenas para ilustrar, em vez de Mestrado terão Doutoramento ..., e na avaliação de muitos «extremamente competentes» no seu percurso profissional, ... Eventualmente a Senhora Ministra não os conhece, e é por isso que há CONCURSOS. O que se precisa é de saber qual o PERFIL à partida, sem fotografia. E não tratar EM REGIME DE SUBSTITUIÇÃO como se tivesse cumprido a norma e o recomendado. Já agora pense nos JOVENS que desejem fazer carreira no setor... Em que conhecimento teórico e prático devem investir?
E para se terminar, atendendo ao limite existente para o REGIME DE SUBSTITUIÇÃO, quando vão ser ABERTOS OS CONCURSOS ? Ou vai acontecer o mesmo da DGARTES?  Claro, os agora nomeados estarão a adquirir «uma vantagem» ...  E não é justo. 
Não admirará que, entretanto,  um qualquer populista pegue no assunto: tudo a jeito!


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