Este artigo de opinião não é «mais um». É a nosso ver relevante. Limpo. Com frontalidade e acutilância de que se estava necessitado. Desde logo, porque esvazia diferentes comentários que aparecem por aí de comentadores «encartados» - já agora, um aparte, alguns deles correndo de um orgao de comunicação social para outro, que nos fazem lembrar o tempo do «professor turbo» no ensino superior que andava de escola em escola. De facto, no exercício do seu trabalho, mas assumindo a sua condição de militante, o autor diz de forma clara e forte, no espaço público, o que outros «opinadores» vão adiantando aos retalhos ... Tantas vezes de forma desconexa, dando «uma no cravo outra na ferradura». Conforme «está a dar»... Depois, porque agrupa diferentes factores que afectam negativamente a vida do PCP, numa sequência que toda a gente percebe, que devem ser elencados, e alguns energicamente denunciados, mas (e vamos lá a uma de tecnocratas) são AMEAÇAS que estão à partida fora do controlo do Partido. Mas tem de ser amplamente conhecidas e estudadas par se lhes fazer face mais do que para as lamentar. Ah, aquelas questões demográficas serão o cabo dos trabalhos! Não só para o PCP. O comentário acima não se refere às OPORTUNIDADES também elas, por definição, fora de controlo. Será que não existem? Não nos parece. Bastaria, por exemplo, estar atento à recente campanha eleitoral para se perceber que - e eis a grande resultante - são muitos os que verbalizam a importância do PCP na vida do País. Curiosamente, e comecemos por eles, alguns dos comentadores depois de zurzirem até mais não poderem - (e, dizem, por exemplo, isto: Ilda Figueiredo não vai ser eleita e depois não referem que se enganaram; vão perder Setúbal e a seguir não reconhecem que não acertaram; Seixal baixou a votação, quando aumentou; desvalorizam uma vitória porque foi por pouco, mas não mencionam outra situação em que se perdeu por menos; erram no número de Câmara ganhas e perdidas e isso não incomoda; não abordam o número significativo de eleitos mas valorizam o reduzido número de outros; ...) - lá vão proclamando que o PCP FAZ MUITA FALTA! Lágrimas de crocodilo?, depois de terem contribuído para um ambiente em que se menoriza a intervenção deste Partido? Ou seja, há uma tese que se quer provar relativamente ao PCP e pega-se naquilo que a favorece - esquecendo o resto. Mas esse resto é «uma grande sobra». Então, gente há que valorizar isto: O PCP FAZ FALTA! E há que «avisar a malta». «Avisar toda a gente». Até comentadores que logo à partida alertam não morrerem de amores pelo PCP (alguns mesmo afirmarem que são «anticomunistas, graças a Deus») sentem necessidade de o dizer. Mas para lá destes «pensamentos» de profissionais da comunicação social e/ou de especialistas, há a gente anónima de quem vamos ouvindo fugazmente a voz: a maneira como na rádio se ouviu habitantes da freguesia de Carnide, em Lisboa, falar do belo trabalho da CDU daria para se inundar a cidade com tais apreciações; a forma como uma participante num forum explicou porque ia votar em João Ferreira, nunca tendo votado na sua força politica até então, evidenciando a energia, a competência, a utilidade do candidato, discorrendo melhor do que qualquer profissional de marketing e que poderia levar a um conceito de promoção assente no que se «diz na rua». Ainda, e continuando nesta linha de identificar coisas positivas que rodeiam o PCP, e que qualquer um pode verificar, falando com jovens, encontra-se com facilidade quem não esteja «envenenado» pelo anticomunismo, e tenha curiosidade em saber mais - sem paternalismos, naturalmente. Para alguns é ...«cool»! Por fim, e nesta linha de se inventariarem coisas boas que rodeiam o PCP, e tendo presente o foco deste blogue: é mesmo para nós um enigma como é que o PCP não «aproveita» o reconhecimento do seu trabalho por parte de profissionais da cultura e das artes! Serão pequenas coisas, mas apropriadas e conectadas ... serão elas a razão da politica e das politicas.
Olhando para «dentro do PCP», no artigo de opinião - e continuando numa apreciação (grosseira e talvez abusiva) de tipo gestionária - estão assinalados PONTOS FRACOS, verificáveis, e aqui não há volta a dar-lhe, são da sua responsabilidade, e dos que são registados ou emergem: maus diagnósticos; má comunicação; sobrevalorização do passado; a grandeza do gesto de em 2015 se viabilizar um Governo do PS com défices de explicação; ... Mas do artigo emanam PONTOS FORTES e a nosso ver um dos que são grande capital do PCP: as PESSOAS. Do passado e do presente. Individualmente e em colectivo. Nos dias de hoje, se quisermos ser imparciais e olhando apenas para aqueles que são mais conhecidos ou em quem se reparou durante a campanha eleitoral: há ali «gente, gente», preparada e empenhada, alguns bastante jovens, ... Muito dentro do prazo, como diria Herman José. Uma designada nova geração. «Do melhor», que pode «SENSATAMENTE REVOLUCIONAR», utilizando as palavras do comentário que está na origem deste post. Alguns desses rostos:
Sem comentários:
Enviar um comentário