«Num gesto de reflexão e de autoquestionamento, o Teatro Nacional São João promove um colóquio internacional em que se fará o diagnóstico inter pares de uma instituição já um tanto vetusta, mas não menos viva. Ao longo de três dias, sondamos as missões, as tensões e as transformações dos Teatros Nacionais nas suas infinitas encarnações, problematizando o conceito em várias línguas e geografias. E interrogamos como prosseguir o imenso legado que estas instituições vêm acumulando, e como celebrar o seu inesgotável potencial, artístico e político, enquanto lugares colaborativos de criação, representação e participação. Num evento que privilegia a mesa-redonda como dispositivo de debate, destacamos as conferências de abertura, do teatrólogo norte-americano Marvin Carlson, e de encerramento, a cargo da ensaísta polaca Elzbieta Matynia. Carlson vem dedicando o grande fôlego da sua investigação à história do teatro ocidental e é autor, entre outros, de Palco Assombrado, livro que o TNSJ publicou na coleção Empilhadora. Matynia fundou e dirige o Transregional Center for Democratic Studies (Nova Iorque). Numa das suas obras de referência, Performative Democracy, identifica as condições para uma performatividade na vida pública».
Contactamos com a iniciativa através de várias fontes - sim, o TNSJ não deixa a promoção da sua atividade por mãos alheias, e ainda bem -, e a coisa provocou-nos alguma agitação - o que será bom. Comecemos por dizer que não vemos limites para a REFLEXÃO. E que damos tudo por uma boa discussão. Dito isto:
- O TNSJ é uma organização pública e está inerente à sua existência liberdade plena no que diz respeito à sua razão de ser em termos da criação, ou seja, nisto não há «tutela», quanto ao SERVIÇO PÚBLICO que deve proporcionar já não será assim. Esse é definido nas «instâncias próprias».
- Aquele «vetusta» causou algum formigueiro e até fomos ao dicionário. (As palavras têm muita força, e uma entidade pública tem de o saber). Do que se encontrou:
Se proporcionar o grande reportório nacional e mundial que no nosso País, tanto quanto saibamos, será da competência obrigatória dos «Nacionais», então queremos continuar a ser «vetustos».
- Interrogamo-nos: o que terá presidido à escolha dos participantes no colóquio?, por acaso ocorreram-nos outros - eventualmente porque somos «vetustos». Calma, mas «vivos», gostamos de pensar que sim. Mais, cada «TEATRO NACIONAL», ou outro, é determinado pela sua circunstância, nomeadamente de organização politica. Basta uma pequena documentação via internet para se perceber a situação institucional nuclear dos Participantes. Será, como dizem os tecnocratas, e o bom senso, que COMPARAM BEM com o TNSJ? ou com o TNDM - os nossos únicos nacionais na esfera do Teatro. Bom, nós até atribuiríamos «NACIONAL» a outros. Sendo mais concretos: ao Teatro Joaquim Benite/Companhia de Teatro de Almada; ao Teatro da Cornucópia (a título póstumo ..., até parece humor negro) . E não estamos sózinhos.
- Por fim, por agora, reparamos como a figura CURADORIA ganha terreno ... E gostamos de ver RICARDO PAIS a ombrear com ORGANISMOS. Para nós é de facto uma instituição ..., e quanto mais velho mais sábio. Certamente que o vai mostrar no colóquio internacional promovido pelo «seu antigo TEATRO» de que ele conhece o espírito e a forma iniciais. «Claros e limpos». O que mudou? O que se quer mudar? O que se quer justificar?
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e vamos ficar atentos
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