segunda-feira, 18 de outubro de 2021

ANTÓNIO MENDONÇA CANDIDATO À ORDEM DOS ECONOMISTAS | «(...)o país tem tido dificuldades em assegurar uma trajetória sustentável de crescimento por várias razões: de natureza fundamentalmente estrutural e, neste caso, é importante encontrar soluções e é aqui que entram os economistas na sua diversidade(...)»| NESTE AMBIENTE ESPERAMOS QUE O CANDIDATO CONTINUE A VALORIZAR A CULTURA E AS ARTES NA ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS

 

 Excerto: «(...)

 O crescimento económico tem sido anémico...

Há duas/três décadas que temos um crescimento medíocre, divergimos com a União Europeia e temos desafios não só de recuperação económica, mas também de alteração de bases estruturais que permitam ao país recuperar uma trajetória sustentada de convergência com a Europa.

E os economistas têm aqui um papel importante a vários níveis: quer no exercício efetivo das suas diferentes responsabilidades, mas também têm um papel muito importante, no sentido de acompanhar aquilo que são os planos do Governo, da própria zona Euro, no sentido de ter uma palavra a dizer sobre o que está a ser feito, se são projetos com impacto positivo e de monitorizar o desenvolvimento desses projetos. A Ordem e os economistas têm um papel insubstituível nesta matéria.

Ao darem sugestões para o crescimento da economia…

Os economistas individualmente têm manifestado a sua diversidade de opiniões, mas a Ordem enquanto instituição também tem a obrigação de mobilizar os economistas para tomar uma decisão. E isso é importante para os Governos, às vezes, há uma certa desconfiança dos Governos relativamente ao papel das Ordens, mas não tem de haver.

Até pelo contrário, as instituições da sociedade civil – particularmente como a nossa que agrupa  especialistas – devem ter um papel muito importante, não substituindo nenhum Governo, mas no sentido de propor, de discutir e se for caso disso de criticar. Isso não significa qualquer sobreposição relativamente às competências dos órgãos de soberania, mas representa um elemento adicional que pode ser utilizado para encontrar as melhores soluções para os nossos problemas que são bastantes e que se prologam no tempo. 

Que problemas é que identifica?

Naturalmente enquanto economista tenho a minha opinião, enquanto Bastonário tenho de ter a preocupação de exprimir o que acham os economistas, num sentido mais amplo. Mas julgo que há um consenso relativamente a duas questões: em primeiro lugar, que o país tem tido dificuldades em assegurar uma trajetória sustentável de crescimento por várias razões: de natureza fundamentalmente estrutural e, neste caso, é importante encontrar soluções e é aqui que entram os economistas na sua diversidade.

Queremos mobilizar os economistas nas suas diferentes referências e nas suas diferentes formações e fazê-los convergir não apenas para a análise, para o diagnostico que, em muitos casos já está mais do que feito, mas encontrar as melhores soluções para dar resposta a esses problemas. Há uma grande convergência relativamente à sua identificação, mas do ponto de vista da operacionalização e de pôr em prática as medidas, muitas vezes, há problemas, há recuos e sobretudo há ausência de coerência estratégica do país.

Em segundo lugar, precisamos de coerência estratégia e de atuar em conformidade. É inadmissível que venham os Governos e ponham sistematicamente em causa aquilo que os Governos anteriores programaram, como também é inadmissível que dentro do próprio partido que tem responsabilidades governamentais quando muda o ministro também mudam as opções e as orientações. (...)»

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A propósito, recordemos que António Mendonça era Presidente do ISEG quando ali teve lugar a iniciativa «ORGANIZAÇÕES, CULTURA & ARTES» - a que ainda recentemente nos referimos -, coordenada pelos Professores RUI VIEIRA NERY e JOÃO CARVALHO DAS NEVES,   que tão bom acolhimento teve de sua parte. Lembremos o PROGRAMA com os recortes seguintes:





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