segunda-feira, 24 de outubro de 2022

O SENHOR MINISTRO DA CULTURA DEU UMA ENTREVISTA AO JORNAL PÚBLICO (1)| embora nos digam que a entrevista é de fundo mas não nos revendo nisso vamos ousar em diferentes posts dar sugestões para perguntas, respostas, e pelo meio faremos alguns apontamentos ... | COMECEMOS ! | DESEJANDO QUE VENHA A SER ÚTIL E AO MESMO TEMPO DIVERTIDO

 

 Recorte da Primeira página do Jornal Público de 22 OUT 2022

 

«(...) Nesta primeira entrevista de fundo,
mostrou não ter resposta imediata
para vários dos problemas mais
agudos que tem a seu cargo, como
o da crónica penúria dos museus,
mas não se escusou a falar do seu
futuro político para além da
legislatura. Nem a recomendar
livros e discos: poesia erótica de E.
E. Cummings e Kendrick Lamar. (...)»

 

 Ora bem, cá temos um dos rituais da democracia: entrevistas dos governantes. E os jornais gostam de chamar a si o que afinal outros  gostam: assinalar que é pela «primeira vez». E no caso que é de fundo. Mas como aferir que «é de fundo»? Já lemos a entrevista, e verdadeiramente não encontramos nada «de novo», mesmo no que diz respeito a questões, digamos, mais pessoais. O senhor Ministro antes de o ser tinha espaço público e por aí íamos sabendo das suas preferências. Por exemplo, o seu gosto pelo surf, pelo Benfica, posição sobre touradas, gostos musicais, ...Resumindo, «o nosso fundo» será outro ...Como mostrá-lo? Pois bem, vamos pegar na entrevista, e tentar contribuir  para perguntas e respostas  outras, assinalando, a nosso ver,  falhas, comentando o que é dito, comparando com outros ... Devagarinho, com alguma organização, e sem hierarquia, numerando os assuntos apenas para melhor nos entendermos ao longo de posts. Não adiantamos calendário porque estas coisas por vezes levam o seu tempo ... Então vamos lá começar. Mas antes gostávamos de dizer que nos faz falta «a atmosfera» em que decorreu a entrevista. De repente, mais nos parece um «Questionário de Proust», adornado com fotografias feitas em separado ... Bom, mas isto é acessório até porque sabemos das dificuldades que a comunicação social atravessa. Assim, iniciemos o que nos propusemos, com seriedade e alegria, praticando o que criticamos: olhando a árvore em vez da floresta ... É a vida: na terra onde existires, farás como vires ...

 

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1 - O destaque, trazido para a primeira página

 

 

Ó Senhor Ministro, então que é feito da solidariedade com os que o antecederam? É que eles diziam mais ou menos a mesma coisa. Agora é oficial: há subfinanciamento crónico. Mas para isso, para sermos rigorosos: qual é o objetivo? Ou seja, qual o orçamento que se visa para a CULTURA? Para o SERVIÇO PÚBLICO e para as designadas INDÚSTRIAS CULTURAIS E CRIATIVAS.Quais as bases de cálculo que se seguem no Ministério da Cultura para o dimensionamento das verbas orçamentais apresentadas? E como é dito na entrevista, nesta data nem sabemos o que vai para cada uma das áreas/organismos. Por aqui já se sabe gostaríamos, (ou  devíamos dizer exigimos?), logo no início da discussão orçamental  ter algo equivalente a isto:

 

 
Veja:AINDA O «BUDGET 2023» DO MINISTÉRIO DA CULTURA DE FRANÇA

 

Antevemos, na ida do Ministro ao Parlamento  para a discussão da proposta do orçamento para a Cultura, a apresentação de umas «folhas» com uns quadros ... Veja sobre esta matéria, este post recente:«a área da cultura continua a representar apenas 0,43%»

 

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2 - Questão que não vimos tratada:«repensar a estrutura do ministério e a forma de abordagem do Estado em relação à cultura, uma nova perspetiva»

É verdade, logo que deparamos com a entrevista fomos em busca da Refundação do Ministério da Cultura e da nova perspetiva  a que se tinha referido o Senhor Presidente da República. A nosso ver, uma verdadeira «questão de fundo». Veja este post:O QUE NOS DIZ O SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA | que o Ministro da Cultura está a «repensar a estrutura do ministério e a forma de abordagem do Estado em relação à cultura, uma nova perspetiva» . De lá: 

 «(...)Questionado sobre o orçamento português para a Cultura, o chefe de Estado considerou que o ministro Pedro Adão e Silva, que assumiu funções há três meses, "começou por onde devia começar: repensar a estrutura do ministério e a forma de abordagem do Estado em relação à cultura, uma nova perspetiva"."É uma pessoa jovem, que vê de fora, bom analista da sociedade portuguesa e, portanto, vê como é que se deve encarar a cultura. Vi que se dá bem com os protagonistas da cultura, aqui concretamente os escritores", acrescentou, referindo-se à visita que fizeram no domingo à Bienal do Livro de São Paulo. (...)».

 

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continua ...


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