Ao voltarmos ao muito que foi dito sobre os Resultados dos Concursos através da DGARTES e que nos chega através da Comunicação Social nomeadamente com os Alertas Google, a grande sobra: O MINISTRO DA CULTURA ENCONTROU UMA FORMA DE ABORDAR O PROBLEMA E DELA NÃO SAI. Começa a ser consistente o que se vai ouvindo: O MINISTRO NÃO CONHECE O SETOR E AINDA NÃO PERCEBEU (OU NÃO QUER PERCEBER) O QUE ESTÁ EM CAUSA DE IMEDIATO E QUAIS SÃO OS PROBLEMAS DE FUNDO. Ou tudo isto é também manifestação da incapacidade do Ministério da Cultura que verdadeiramente não existe - será problema que o Ministro ainda não viu?, ou sobre o que ainda não tem «discurso», e dai que se afaste do assunto. Veja-se o que Ministro tem para oferecer em títulos de jornais como este:
e certamente subjacente ao que o Primeiro Ministro disse no Parlamento:
Temos de acreditar que não é isso que querem, mas o discurso (e mesmo palavras isoladas, elas importam, têm a sua força) são uma atentado à inteligência. Afinal, bem vistas as coisas, todas as narrativas com o que o Poder Central nos brinda estão longe do DIÁLOGO que a situação exige. ELES É QUE ESTÃO CERTOS - a realidade é que ainda não o viu, pensarão - e tudo O RESTO ESTÁ ERRADO. O futuro, e já o presente, (estamos convictos) os julgarão ... E evidenciarão o erro em que estão afogados.
O Ministro deve querer mostrar uma posição de força, dar imagem que sabe do que está a tratar. Com o devido respeito: LIBERTE-SE DA HERANÇA QUE RECEBEU! Reflita tudo, e o todo, e reconheça que os CONCURSOS apenas mostram a FERIDA MAIOR que atravessa o Setor. Assuma (nem que seja só para si, por agora) que estes resultados estão a aumentar FRAGILIDADE à FRAGILIDADE que a PANDEMIA pôs a nu. E acabe com os números, e as percentagens, que começam a poluir em vez de darem claridade. Estamos a falar de PESSOAS, de POPULAÇÕES que ficam sem oferta, de REGIÕES onde criadores, artistas, e demais profissionais ficam sem emprego ... De investimentos feitos pelo Estado - que não ajuda, deve garantir - e que se vão desbaratar. E perante isto, o Ministro da Cultura acena-nos com a disponibilidade para rever o Modelo ... Que está esgotado, de há muito! O Senhor Ministro já o sabia (ou devia saber) quando aceitou o cargo ... E devia agir sem esperar pela CONTESTAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO SETOR. É para isso que existe GOVERNO e SERVIÇOS PÚBLICOS.
E neste ambiente, voltemos ao início deste post: ao comunicado do CENA-STE que institucionalmente, a nosso ver, equaciona com qualidade os tempos que passam ... A fúria que tantos atravessa.
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