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Diz também o Senhor Ministro que é mais fácil ser COMENTADOR do que MINISTRO, e pelo que se observa, deve ser por isso que, de facto, parece continuar a ser comentador... Perante o que disse em Baião, apenas: mas o que é aquilo de sugerir REFLEXÃO?, tipo repreender os Agentes Culturais. Do género, vá lá, ajustem-se - uns contra os outros - ao que há na «AJUDA DO ESTADO» e deixem-se de reclamações. Só nos faltava esta!, não nos lembramos de governante que tenha ido tão longe ... Em vez disso, Senhor Ministro, converse, não desconverse, e esclareça, por exemplo, aquela de aumentar a verba a meio do concurso apenas para «uma modalidade». O senhor ministro que também sabe de «bola», e recorrendo à justiça natural das pessoas, sabe que isso não se faz ... Mas há a justiça do DIREITO. Para impedir que os Agentes Culturais além dos esforços que fazem para - cada um ao seu jeito -, na circunstância, nos darem o TEATRO que temos, ainda terem de ir para os tribunais ..., diga-lhes para pararem, que vai refletir, e que nomeadamente vai pedir PARECERES independentes sobre as suas decisões. Sobre aquela, atrás mencionada, mas há outras ... Porventura, peça pareceres independentes, na ótica da gestão pública (que envolve diversas áreas do saber - gestão, direito, ciência política, a sua sociologia, ...) sobre todo o processo. Reconhecendo que apanhou um comboio em andamento... e não teve tempo de mudar a agulha.
Para começar, e pegando nas palavras do Senhor Ministro proferidas em Baião: o conhecimento disponível diz-nos que qualquer ORGANIZAÇÃO É (DEVE SER) ÚNICA. Seja ela com ou sem fins lucrativos. E também há uma divisa eloquente: TODAS IGUAIS, TODAS DIFERENTES.Trabalhar para que cada PROJETO CULTURAL seja «único» deve ser também um dos propósitos do Governo. Também por aqui a razão por que o MODELO DOS APOIOS (AJUDAS) ÀS ARTES está ESGOTADO. Senhor Ministro, não estamos a dar opiniões fortuitas, tudo isto se aprende na Escola, e há as Práticas de Referências. E bem vistas as coisas, muito disto está institucionalizado no emaranhado das leis que nos governam ... Já agora, atente no que o pai da gestão, Peter Drucker, recomendava: aprender com as organizações sem fins lucrativos. Acredite, as nossas organizações sem fins lucrativos no âmbito da cultura e das artes têm muito para nos ensinar ... Assim nós queiramos aprender.
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