Talvez possamos relacionar este post com o imediatamente anterior - PROTESTO PELAS ARTES | «Discordo» diz o Ministro da Cultura | E FOI ASSIM QUE NOS LEMBRAMOS DO LIVRO «A SABEDORIA DAS MULTIDÕES». Pensamos que sim, olhando para a «multidão» que mostra o erro que está a ser cometido relativamente à SEIVA TRUPE (mas que serve de ilustração para outras situações, veja-se, por exemplo, a ACTA no Algarve, ou a A BARRACA em Lisboa). Saibamos do que estamos a falar com estes recortes:
«(...) Para além de Pinto da Costa, a icónica Companhia Teatral do Porto tem recebido vários apoios em forma de depoimento escrito ou em vídeo: desde Guillermo Heras, Presidente da Associação de Encenadores de Espanha, António Sampaio da Nóvoa, Embaixador na UNESCO, ex-candidato presidencial e ex-Reitor da Universidade de Lisboa, o investigador Manuel Sobrinho Simões, Isabel Pires de Lima, ex-Ministra da Cultura, o Professor e Físico Carlos Fiolhais, o Bispo do Porto, Dom Manuel Linda, Carlos Avilez, diretor do teatro Experimental de Cascais e ex-diretor do Teatro Nacional D. Maria II, Maria do Céu Guerra, atriz, o músico Rui Reininho, entre muitos outros.
São várias as iniciativas que têm estado a decorrer desde o final do ano passado, entre elas a petição “Não deixaremos morrer a Seiva Trupe”, organizada por cidadãos da sociedade civil e que já ultrapassou as 4400 assinaturas.
Em breve a Seiva Trupe vai entregar um Requerimento Hierárquico e continuará as várias iniciativas de protesto pela sobrevivência da Companhia Teatral».
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De lá: «(...) As companhias que decidiram concorrer a um apoio quadrienal “tiveram uma subida bastante significativa do montante global, enquanto os outros ficaram com um montante muito baixo”, disse. “Isso é que é inadmissível porque as pessoas têm o direito de concorrer a um subsídio bienal e não serem discriminados por isso”, frisou a cofundadora d’A Barraca, companhia que leva quase 50 anos de existência. Houve “alguns problemas” que levaram A Barraca a concorrer aos bienais e não aos quadrienais, o que fez com que passassem a ser “sacrificados a um número mais pequeno, e, portanto, prejudicados”. (...)»
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Algumas observações mais gerais que talvez no micro MINISTÉRIO DA CULTURA possam ser lidas - até porque refletem o que muitos dizem por aí, nomeadamente na audição recente no Parlamento organizada pelo PCP -, há que equacionar a questão das diferentes GERAÇÕES que coexistem no SETOR DA CULTURA E DAS ARTES. Por um lado é bom ver como mais VELHOS continuam a trabalhar e assim constatar como acompanham o ENVELHECIMENTO ATIVO que enche a boca de governantes nacionais e dão corpo a políticas mundiais e europeias. Contudo, alguns trabalham porque têm REFORMAS DE MISÉRIA. Não será por acaso que existe esta «esmola». Mas por outro lado, as NOVAS GERAÇÕES têm de ocupar o lugar a que têm direito. Se um MODELO DE «APOIO» não equaciona esta realidade - e é isso que os RESULTADOS DOS CONCURSOS nos mostram -, ESTÁ ERRADO, e têm de se tomar MEDIDAS EXTRAORDINÁRIAS. Institucionalmente, onde está a dúvida? E se isto não se resolve, os mais novos chegarão mais rapidamente às tais reformas de miséria, e a situações dramáticas que nos deviam envergonhar a todos.
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