Ouvido o «Governo Sombra», da TSF, a curiosidade levou-nos ao «Orçamento Participativo Nacional», e lá fomos à procura, e a primeira conclusão: que tal parar e refletir antes de iniciar nova edição? Desde logo, atenção, PARTICIPAR, SEMPRE!, como vem na Constituição. Mas, depois, não distrair as pessoas, a coberto do que parece ser uma «educação do povo», tratando adultos como crianças - e pelos vistos, pelo número de adesões, não está para aí virado. Em seguida, estamos no seculo XXI, a gestão por resultados, a gestão por objetivos, o orçamento-programa, ...tudo técnicas que o atual Governo defende, e que estão na lei, levam-nos, no limite, ao que se deve desejar: TODO O ORÇAMENTO DO ESTADO PARTICIPATIVO. Ou seja, concentremo-nos nisso ... Ainda, o Orçamento Participativo tal como está a ser desenvolvido teve circunstâncias muito particulares na sua origem, foi mesmo um instrumento de luta politica, por uma cidadania plena, e isso e a forma como se alargou e tem sido aplicado devem, sim senhor, ser tidas em conta na gestão da coisa pública, mas não no formato «datado» como está a ser feito. Salvo melhor opinião, só nos pode levar ao «Decreto Boi» - em que Ricardo Araújo Pereira com a força do humor destrói ao que o primeiro orçamento participativo nacional, apresentado como uma grande inovação, nos conduziu: o Governo a dar prioridade a um investimento do Estado na tourada.
Mas o anacrónico da iniciativa também foi lá, na sessão de festejo, denunciado pela Filandorra. Segundo a comunicação social, assim:
Estamos conversados! Perceberam?
Podemos fazer desenho.Decididamente, na cultura não há maneira de acertar.
Sem comentários:
Enviar um comentário