quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

PRESIDENCIAIS | HÁ CANDIDATO QUE NÃO ESQUECE A CULTURA | «João Ferreira defende criação de um serviço público de cultura»

 

Excerto: «João Ferreira contou, na última noite, com o apoio de vários artistas nacionais, de diferentes quadrantes da cultura, para juntos sublinharem a desvalorização da cultura e do património cultural português. Exemplos como a atriz Maria João Luís, que abriu o serão com poesia de Manuel Gusmão, ou de Luís Varatojo, vocalista dos Despe e Siga, que deu também voz à mensagem de luta da cultura.A ambos se juntaram outros depoimentos de crise de vários setores da cultura: cinema, teatro ou literatura. Pedro Vieira, escritor, foi um deles e deixou claro que a sua decisão de apoio foi tomada com base "na escolha de "Cristinas", pois, por um lado, poderia ter um candidato que liga às "Cristinas" dos programas da manhã ou podia ter um candidato que se interessa pelas "Cristinas" que são assediadas no seu local de trabalho ou que sofrem bullying nas corticeiras e que têm em pessoas como o João alguém que quer ouvi-las"». Continue a ler.

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 Este ambiente de que não se pode  esquecer a «CULTURA», enraizados na Constituição, - e ainda ontem se verificou isso mesmo por parte de João Ferreira no debate havido na RTP1 onde o candidato, uma vez mais, não o esqueceu,  e isso o diferenciou -  leva a impulso para a sistematização abaixo  em linha com o que se tem defendido no Elitário Para Todos, e neste pressuposto: a Cultura e as artes serão aquilo que mais nos une enquanto comunidade organizada, serão como que o seu ADN, marcam a nossa identidade. E se isto não é das ocupações maiores de um Presidente, não sabemos o que o será. Neste quadro,e olhando para as premências dos dias de hoje um raciocínio em torno disto: REDENÇÃO | SETOR | SERVIÇO PÚBLICO | REDE NACIONAL DE ARTES.

  REDENÇÃO

 No nosso País há uma tarefa clara: a REDENÇÃO do sector da cultura. Recentemente pessoa prestigiada dizia na televisão que estamos a assistir a um genocídio. Resgatar, salvar, o sector é um empreendimento nacional que precisa da intervenção do Presidente da República. Para mobilizar mas também para exigir ação concreta verificável. Já. Não há tempo a perder até porque já se perdeu tempo demais – é doloroso, quase que obsceno. Sem tibiezas, assumir o grave problema que está a acontecer frente aos nossos olhos.  Para a argumentação e ação precisamos de assunções que todos entendamos e de olhar à volta, e ver, para depois atuarmos com paixão e competência. Desde logo, o Presidente da República tem de gritar aquilo que todos até sabemos ou intuímos: Portugal é cultura; melhor, Portugal é Cultura e Artes, e temos de agir em conformidade. Depois, de forma continuada, chamar a atenção para o que fica diluído na comunicação social mas que também é desconsiderado na ação governativa onde o que prevalece á a navegação à vista. Estudos para que vos quero! Podemos dizer que não veem, não ouvem, não leem. Coisas como estas passam-lhes ao lado na ação que devia ser sua: no nosso País profissionais da cultura e das artes estão a passar fome;  a Unesco afirma que o impacto da pandemia sobre cultura foi mais forte que o esperado»; O PAPA num encontro com ARTISTAS falou o que devia ser óbvio -  «Mesmo na perturbação provocada pela pandemia, a vossa criatividade pode gerar luz»; num relatório o Banco Mundial adianta que há evidências de que as mulheres e jovens raparigas são das mais prejudicadas com a COVID e as da cultura e das artes não estão excluídas; os/as  jovens em geral que iam  entrar no mercado do trabalho  veem esse seu futuro suspenso e isto se é mau para todos é trágico para as profissões artísticas; O Presidente do Parlamento Europeu afirma que devemos considerar a cultura como pivot da retoma pós-covid; …

Com propriedade a constatação: não se CUMPRE A CONSTITUIÇÃO. E, não, não se aceite quando se diz que o que se passa com a Cultura acontece com os demais sectores. O sector da Cultura e das Artes está, porque já era, um Sector frágil.

 

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Com fundamento o Presidente da República tem de exigir que em simultâneo se intervenha na Cultura e nas Artes, de forma assumida e clara, a duas velocidades: a do imediato para estancar a miséria e dar um mínimo de estabilidade ao sector para que possa vir à tona; ao mesmo tempo, a de longo prazo, para o que há que exigir um Plano de Desenvolvimento para o Sector. Não nos iludamos, sem esta moldura inicial toda a situação continuará na doença em que se encontra. Mas a redenção é (tem de ser) possível.


 ............... continua



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