quarta-feira, 8 de março de 2023

ANTÓNIO GUTERRES |« Neste Dia Internacional das Mulheres, temos de nos comprometer a fazer melhor. Precisamos reverter estas tendências alarmantes e apoiar as vidas e os direitos das mulheres e das meninas, em todos os lugares»

 

 

E do artigo de opinião de hoje no jornal Público: 

 

«(...)Este ano, o Dia Internacional das Mulheres foca-se em diminuir as diferenças de género na ciência, na tecnologia e na inovação. A nível mundial, os homens têm 21% mais probabilidades de ter acesso à Internet do que as mulheres — e nos países de baixo rendimento esta percentagem sobe para 50%.

No entanto, mesmo os países mais ricos saem a perder por causa dos estereótipos de género e dos preconceitos históricos. Na indústria tecnológica, os homens superam as mulheres na proporção de dois para um. Na inteligência artificial, de cinco para um.

Os big data são o novo filão de ouro e a base das decisões políticas e económicas de hoje. No entanto, muitas vezes ignoram as diferenças de género — ou fazem vista grossa às mulheres.

Todos devemos ficar alarmados, desde logo, com produtos e serviços que alimentam a desigualdade de género e digitalizam o patriarcado e a misoginia.

Os direitos das mulheres não devem sucumbir aos Silicon Valleys deste mundo.

As decisões médicas baseadas em dados recolhidos de corpos masculinos podem não ser apenas prejudiciais para as mulheres; podem ser fatais.

A discriminação contra as mulheres na ciência e nas tecnologias é o resultado de séculos de patriarcado, de discriminação e de estereótipos prejudiciais. As mulheres representam apenas 3% dos laureados do Prémio Nobel em categorias científicas desde 1901. E na Internet, as mulheres — incluindo cientistas e jornalistas — são frequentemente alvo de discurso de ódio sexista e de abuso com o intuito de as silenciar e de as envergonhar. (...)».


Sem comentários:

Enviar um comentário