«Antologia de poemas, textos em prosa e de teatro da literatura portuguesa, do século XII ao século XX, organizada por Mário Cesariny. Um projeto incompleto, que até agora se encontrava inédito». Saiba mais.
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«(...) Originalmente montada (palavra não inocente, como se verá) nos anos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, Poetas do Amor, da Revolta e da Náusea permanecia inédito há quase meio século. Conforme diz Fernando Cabral Martins, responsável (com Luís Manuel Gaspar) pela edição, o projecto de Cesariny – deixado em fase mais ou menos inacabada, mas, visivelmente, passível de edição – consiste numa “imagem da literatura portuguesa de uma perspectiva surrealista desde o século XII até ao século XX” (p.231). O que implica, necessariamente, “uma panorâmica sui generis da nossa história literária” (id.). Tanto assim que o seu âmbito, bem como o poder de o concretizar, não consiste numa seriação obediente e previsível. Portanto, não estamos perante uma recolha, com tudo o que de estático e sossegado o termo possa incluir, mas de uma revolta: uma reconfiguração, no mínimo. Não interessou a Cesariny ordenar cronológica ou mesmo tematicamente (de modo estanque) poemas ou autores. A sua rota regula-se por um verbo usado por Cabral Martins para descrever a acção do poeta enquanto antologiador: “magnetizar” (p.232)». No jornal PÚBLICO.
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