«À 30 ans, on a déjà une histoire, mais encore la vie devant soi.
Et l’histoire des Scènes nationales est emblématique de l’ADN culturel de la France: utopie devenue réalité, elle s’inscrit dans l’idéal qui guide les politiques culturelles de la France depuis la Libération et les débuts de la décentralisation théâtrale, et surtout depuis la création du ministère de la Culture en 1959 par André Malraux et le déploiement des Maisons de la Culture, suivies des «Centres d’action culturelle» en 1968 et des «Centres de développement culturel» à partir de 1983. Ce que nous appelons aujourd’hui les «Scènes nationales» est le fruit du regroupement de ces trois réseaux en 1990, grâce à une alliance structurante entre l’État et les collectivités locales, alliance de convictions, de passions et de financements.
Cette utopie, c’est celle du partage de la culture avec tous, dans des lieux où «les gens se rencontrent pour rencontrer ce qu’il y a de meilleur en eux» comme le disait André Malraux. «Chaque fois que nous bâtissons une maison de la culture dans une ville moyenne, nous changeons quelque chose d’essentiel en France» ajoutait-il. Ce réseau, aujourd’hui riche de 77 scènes labellisées, a en effet permis un formidable maillage du territoire : de Chambéry à Châlons-en-Champagne, d’Angoulême à Aubusson, de Beauvais à Bayonne, de Fort-de-France à Forbach, ces villes «moyennes» sont devenues grandes grâce à la culture.
30 ans plus tard, cet idéal reste intact.
Chacun d’entre vous la défend avec ses choix artistiques, son engagement auprès des publics, son ancrage dans l’histoire de vos territoires. Mais les défis auxquels nous faisons collectivement face sont nombreux : hégémonie du numérique et addiction aux écrans, résilience post-pandémie, urgence écologique, crise géopolitique et énergétique, attentes fortes de nos concitoyens en matière de parité et de diversité. Ces enjeux vous amènent à expérimenter de nouvelles pratiques, de nouvelles manières de travailler, à forger de nouvelles alliances.
Parce qu’il est un réseau solide et inventif, s’appuyant sur des équipes passionnées, le réseau des Scènes nationales dispose de tous les atouts pour affirmer et redéfinir son rôle dans ce monde en pleine mutation, contribuer à construire une société plus ouverte et un avenir plus radieux.
Forts de votre histoire, de votre vitalité artistique et de vos convictions de service public, je suis certaine que vous allez continuer à nous faire rêver, à éveiller nos imaginaires, à exprimer et inspirer nos territoires! Avec et sur les Scènes nationales, l’avenir sera beau, l’avenir sera long! ~ Rima Abdul-Malak, ministre de la Culture».
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E uma vez mais lá voltamos nós ao que se passa em França no âmbito da DESCENTRALIZAÇÃO CULTURAL. Assim, não se querendo copiar, mas na lógica de se aprender com as «melhores práticas», ou seja, fazendo o tão apregoado «benchmarking», e olhando para os 30ANOS DU LABEL acima, aqui estamos nós, Senhor Ministro da Cultura, e demais responsáveis, implicados e interessados, a lembrar que faz sentido fazer ESTUDOS, na circunstância sobre a fase dos CENTROS CULTURAIS desenvolvida na então DGAC - Direção Geral da Acção Cultural, (hoje DGARTES); passando pelos CENTROS REGIONAIS DE ARTES com piloto lançado (em Évora) no primeiro Governo Guterres; pela REDE (afinal nunca criada) que se previa para os «TEATROS e CINETEATROS quando houve um PROGRAMA CULTURA no âmbito dos Fundos Comunitários e que se nos é permitido foi-se desvirtuando, desvirtuando ... ; e agora temos a REDE DE TEATROS E CINETEATROS de base concursal «sem alma», ...Utilizando linguagem técnica, sem conceito. Não se conhecendo estudos prévios, começando por não se perceber o que a distingue de outros Programas; e notando-se, por exemplo, como dizer, a «anomalia» de haver entidades que até se podem candidatar «acumulando». Fazem parte de uma amálgama em que se transformou a intervenção do ESTADO, através da Administração Central ... Quanto à EFICÁCIA (que faz parte do discurso do Senhor Ministro), temos pena, mas não vislumbramos os OBJETIVOS verificáveis que se pretendem atingir. E no que diz respeito à EFICIÊNCIA (que o Governante da Cultura também diz prosseguir), o desperdício é evidente - só o que se gasta em candidaturas! E não será ousado avançar, outra vez, que mais do que estudar isto ou aquilo, é preciso organizar a MEMÓRIA na esfera do SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA realizado ou que ficou pelo caminho e que seria da competência da SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA/MINISTÉRIO DA CULTURA. O Senhor Ministro já não terá tempo mas poderá deixar «um bilhetinho» ao seu Sucessor - e estamos a partir do principio que vai haver MINISTRO DA CULTURA no próximo Governo (mas mais importante do que isso, que vai ser agora que vamos ter um PLANO ESTRATÉGICO PARA A CULTURA onde se contempla também esta matéria de que estamos aqui a tratar ...). Ah, olhe-se para a clareza do texto da Ministra de Cultura de França! Só possível, obviamente, com um MINISTÉRIO DA CULTURA digno desse nome ...
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Ainda, como gerações no ativo, provavelmente, não estarão familiarizadas com o francês talvez não seja má ideia, Senhor Ministro, traduzir a Publicação acima para português ... Coloque isso também, «en passant», no «bilhetinho» atrás referido.
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