segunda-feira, 9 de setembro de 2024

AINDA A FESTA DO AVANTE! | «O imprescindível concerto de abertura»

 

 
 
 
No jornal online AbrilAbril de Manuel Augusto Araújo: «Festa do «Avante!»: O imprescindível concerto de abertura». Começa assim:«Desde que o concerto de abertura da Festa do Avante! é dedicado à música sinfónica são bem visíveis dois traços dominantes: a coerência dos programas e o assinalar de um facto, histórico e/ou musical, a ser sublinhado no calendário desse ano. 2024 é marcado pelos centenários de dois músicos portugueses que, por razões diversas, são marcantes na música nacional: Joly Braga Santos e Carlos Paredes, que foi durante toda a sua vida destacado militante do PCP.
Percursos musicais bem distintos, mas ambos indissociáveis da história da música portuguesa. Uma evidência impunha-se, a do concerto ter duas partes dedicadas a cada um desses músicos, duas partes que, pelas características de ambos, seriam muito diferenciadas. Outra evidência era o desafio que se colocava aos organizadores do programa musical de essas duas partes, ainda que dessemelhantes, não serem uma fractura exposta. Além dessas questões, a obra de Joly Braga Santos, pela sua distinção e dimensão – é provavelmente o compositor português que terá sempre obra mais vasta – onde são possíveis identificar vários períodos, seriam impossíveis de sintetizar num único concerto pelo que haveria que fazer opções que sublinhassem a incessante procura de Joly Braga Santos de, «não desdenhando as conquistas do séc. XX, falassem ao homem comum com simplicidade e clareza», como repetidamente afirmou na sua relevante actividade como divulgador musical.
Em relação a Carlos Paredes, pela unidade da sua obra, era relativa e aparentemente mais fácil fazer-se uma escolha de temas que ele virtuosisticamente executou no que escreveu e no que improvisou. O problema a equacionar era outro, o de não limitar essa segunda parte do concerto a uma execução em guitarra portuguesa de músicas de Paredes, dando a conhecer as suas imensas virtualidades.(...)». Leia na integra.
 

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