Há várias maneiras de olhar o que se passou neste fim de semana em torno da CORNUCÓPIA. Escolhemos esta: as ARTES foram postas na agenda ao mais alto nível e com a visibilidade que se merece. Agora, compete a todos os intervenientes - do Ministério, passando pelos Partidos, até aos Movimentos do Setor, chegando a cada um dos cidadãos - recomeçar: a alguns exige-se maneira profissional e por isso também apaixonada, para se resolver todo este imbróglio em que nos meteram sobre a intervenção do Estado na garantia de um SERVIÇO PÚBLICO na esfera das artes. E podemos iniciar o processo com uma abordagem bem institucionalista: pegando no PROGRAMA DO GOVERNO. E, daí, concluiremos que recomeçar, para refundar, exige que à partida se olhe para a realidade sem a considerar uma «opinião». Desde logo, reconhecer que a Politica Cultural não se pode esgotar na contabilização do orçamento que nos deram quando aí reside uma parte do «molho de brócolos» em que nos colocaram. Uma parte, sublinhe-se. Outra, não esgotando, tem a ver com a fragilidade da DGARTES. Há que reconhecer que este organismo não tem condições para liderar o que quer que seja. Há que reinventar a DGARTES. E embora o problema dos dirigentes seja, de facto, uma questão de monta, não esgota o que há a fazer. Para este problema, como temos advogado no Elitário Para Todos, devemos começar por uma auditoria de gestão. Doutra forma, como alterar o que verdadeiramente não se conhece de maneira organizada? Por agora, ainda, para chegarmos ao que é defendido no Programa do Governo, e ao que está inscrito nos Programas Eleitorais dos Partidos que garantem a solução governativa, e voltando à CORNUCÓPIA:
- Nenhum País civilizado pode deixar de lutar pela excelência, e a Cornucópia é EXCELÊNCIA. Para a CORNUCÓPIA o estatuto de TEATRO NACIONAL. Já não estão entre nós, mas o Elitário pode testemunhar, terá o seu valor, que «PARES» - Mário Barradas e Joaquim Benite - o defenderam em várias ocasiões;
- Contudo, tenhamos bom senso, o caso CORNUCÓPIA não se resolve sem intervir no resto, com carácter de urgência, contrariando o que vem acontecendo e que se vai sabendo pela comunicação social e pelas redes sociais de forma casuística. Tem de se intervir no todo porque o que acontece com a Cornucópia está a passar-se com o resto. Outros dirão o que Luis Miguel Cintra afirma: «perdemos metade do nosso subsídio, a nível do apoio oficial, e querem que com essa metade consigamos fazer a mesma coisa». E a realidade - não é opinião -, muitos já fecharam. Desistiram. Ah, alguns emigraram, estão a emigrar ...
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