Recorte do artigo de opinião «Em Roda Livre», de Daniel de Oliveira,
publicado no Semanário Expresso desta semana
O artigo a que se refere a imagem, pelo que se pode ler aqui, e no recorte acima, centra-se na crítica ao Presidente da República no caso Cornucópia, e nisso não nos metemos neste post, adiantando-se contudo que compreendemos a leitura feita, aliás, por muitos acompanhada. E só por isso terão a sua razão.Mas agora queremos abordar outros aspectos que nos chamaram a atenção e elegemos os assinalados:
- Na data em que o jornal foi posto à venda, o «seria» já pode ser substituído por «é». E agora que «é um revés», talvez se possa pedir ao Presidente da República que exerça o seu magistério de influência, sugerindo-se que não faça muito barulho, para não desviar as atenções do essencial, ou seja, de forma a que não se saiba «cá fora». Por aqui teve-se uma leitura mais ampla da «excepção» do Presidente, lendo-a como um pretexto para se dizer que excepção talvez não pudesse ser mas que se ia deitar «mãos à obra» e fazer o que já devia ter sido feito, para se superar a situação. Adiantando, quiçá, que, sim senhor, se ia cumprir o Programa do Governo. Em particular, vimos utilidade imediata na intervenção do Presidente: a cultura e as artes com honras de primeiras páginas. Já agora, convinha «rendibilizar», não deixando perder o embalo.
- Aquele «apoio garantido» confessamos que não o entendemos. Um dos erros que se tem apontado ao sistema em vigor também está relacionado com o facto de todos terem de se candidatar de forma igual, o que começa por prejudicar os mais novos. Isto é, ninguém tem nada garantido. Em cada ciclo começa-se sempre do zero. Para que não restem dúvidas, não há quem não esteja de acordo que têm de se apresentar projetos dos quais se deve prestar contas. Mas não através da famigerada plataforma electrónica que dá cabo da cabeça dos agentes culturais e que não disponibiliza o que é necessário: informação em tempo real. Para os serviços, para os investigadores, para os jornalistas, para os cidadãos em geral ...
- Quanto àquelas «regras escritas, previsíveis e compreensíveis para todos os interessados», ficámos mesmo baralhados. Porque aquilo é exatamente o que não existe, é o que se tem vindo a denunciar. Mas mais do que acrescentar o quer que seja, o melhor é recorrer a posts anteriores do Elitário Para Todos, por exemplo:
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