quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

OLÁ DIÁLOGO, CÁ ESTAMOS NÓS OUTRA VEZ | A propósito de Prémios

Saiba mais.
O propósito deste post é divulgar o concurso sobre o  Grande Prémio Fundação INATEL e o Prémio Miguel Rovisco a que se refere a imagem. E estas coisas são como as cerejas, e a questão impõe-se: o que será feito dos PRÉMIOS na esfera das políticas públicas para  as artes no âmbito do Ministério da Cultura? Muitos já nem se lembrarão, e outros - os mais novos - desconhecerão, por exemplo, os Prémios Garrett. Os de 1991 foram entregues em 1992, em iniciativa que integrou a programação da «Coimbra Capital do Teatro». Ah, e foi bonita a festa !




Bom, estas coisas fazem sentido no tal DIÁLOGO que se anunciou para as artes nomeadamente a estimular pela DGARTES. E chegou-nos que  estará a acontecer através de uns encontros entre agentes culturais e as dirigentes em regime de substituição, e  também já estarão marcadas  conversas com estruturas representativas  (sindicatos e afins) - não se sabe com que critérios de escolha.  Chegou-nos!, vale o que vale. Certamente que vão dizer que isso é antiquado, mas aqui fica: recomenda-se (0u será de exigir?), uma vez mais, que haja uma metodologia que  mostre exatamente o que se quer refletir, em termos estratégicos e operacionais, num processo devidamente agendado.
Claro,  há a auscultação permanente por parte da Administração do que vai acontecendo à volta, e neste quadro sugere-se,  para o caso dos Prémios - sim,  têm que ser contemplados no DIÁLOGO -,  que se vá ao passado, por exemplo, ao Decreto-Lei n. º 428/82 (mas há outros, há outros) que enquadrava a atividade teatral:

Na integra aqui


Repare-se no Governo da altura, para lá do nome que assina o diploma - Freitas do Amaral: Primeiro Ministro, Francisco Pinto Balsemão; Ministro da Cultura e Coordenação Científica, Francisco Lucas Pires; Secretário de Estado da Cultura, António Gomes de Pinho -Veja na integra.Contudo, mais coisa menos coisa, o Governo de Maria de Lurdes Pintasilgo tinha deixado herança semelhante - publicada  em DR  (bem sabemos, depois tudo revogado) ou em vias  de poder ser decretado. Passados uns tempos, poeira assentada, foi só recuperar. Resumindo, quando se encaram estas matérias com dimensão civilizacional não será dificil convergir num SERVIÇO PÚBLICO básico. E pronto, querido DIÁLOGO, mesmo que não perguntes, ouve o que acabamos de dizer sobre PRÉMIOS.
E, também para o diálogo, ouçam isto: talvez faça sentido olhar para o INATEL, em particular para o Teatro Trindade. E dialogar com eles. Se os arquivos funcionarem, lá pelos lados do Ministério da Cultura,  ainda vão encontrar  uns dossiês sobre a articulação aqui em causa, ou seja, sobre o espaço do INATEL no sistema da cultura e das artes  do País. Alguém dirá: mas para que estar a lembrar estas coisas?, quem  agora manda é que decide o que pensar! Pois é, esquecem-se que não há machado que corte a raiz ao pensamento. 
Ainda, para esta coisa do diálogo são precisos «serviços» que sabemos não haver. Situação  diversa do passado aqui recordado. E tem de se resolver esta situação, para haver diálogo - profissionalmente falando - não basta jeitinho, mesmo que esforçado. Técnicos têm de ser chamados, formar equipas para o efeito e responsabilizá-las.  O Elitário Para Todos vai contando com quem viveu aqueles tempos, e que entretanto se divorciou da Administração, que nos vão fornecendo «memória». Privilégio nosso, mas que como vemos gostamos de partilhar. Gostamos do DIÁLOGO, na circunstância numa lógica de cidadania ...

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