segunda-feira, 12 de abril de 2021

ANTÓNIO BORGES COELHO|«história e oficiais da história»

 


 

«Um universo diferenciado de artesãos tece e destece a teia inacabada da História, desde o historiador‑formiga, por vezes esmagado pelo peso de um novo documento, ao alfageme que afia a lâmina dos conceitos, ao inventor de novos instrumentos, ao arquiteto que, com maior ou menor engenho, traça o risco, dispõe as colunas que suportam os tijolos das palavras.
O manipulador do tempo vem de uma marcha milenar. Velho guardião da Memória, irmão da Epopeia e da Tragédia, glorificador da Comunidade e do Poder, tabelião da verdade consumível ou levita que desce às catacumbas e liberta verdades oprimidas, o historiador torna conhecido o desconhecido, na descoberta do erro estende os patamares da verdade. Encontra novos sentidos mesmo sem sentido no processo humano. 
Retifica e altera a visão recebida. Revela, exalta, incomoda».
 

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