"Só que, em relação aos apoios da cultura, muito há a dizer. Além de muitos não serem mais do que anúncios reanunciados sucessivamente, parecendo ser mais, mas sendo exatamente o mesmo, há problemas concretos que têm de ser resolvidos", criticou, alertando que "centenas de pessoas" têm ficado de fora dos apoios do Governo.
Segundo a parlamentar comunista, "a esmagadora maioria dos requerentes que viu o apoio recusado diz cumprir os requisitos em causa" e, uma vez que "a resposta não indica exatamente o motivo da recusa, são os trabalhadores que têm de se deitar a adivinhar o porquê".
"A verdade é que não se compreende a falta de transparência e de informação nas respostas dadas a quem já se encontra muitas vezes numa situação limite", lamentou a deputada, anunciando que o PCP vai avançar com um projeto de resolução sobre o tema.
Entre as várias reivindicações presentes nesse documento, o PCP
propõe "o alargamento temporal da abertura de atividade nas finanças para
efeitos de concessão do apoio social da Cultura a todos os trabalhadores que,
desde janeiro de 2019 até ao presente, tenham tido, em algum momento, atividade
aberta como trabalhadores independentes" e ainda "a inclusão de
critérios complementares para incluir trabalhadores da área da Cultura que têm
ficado excluídos". (...)».
- O alargamento temporal da abertura de atividade nas finanças para efeitos de concessão do apoio social da Cultura a todos os trabalhadores que, desde janeiro de 2019 até ao presente, tenham tido, em algum momento, atividade aberta como trabalhadores independentes;
- A inclusão de critérios complementares para incluir trabalhadores da área da Cultura que têm ficado excluídos;
- Uma nova fase de candidatura para abranger os profissionais antes considerados não elegíveis e que, por isso, não se candidataram;
- A concessão do apoio respeitante a todos os meses que os profissionais receberiam se incluídos, devidamente, na correção de critérios;
- O estabelecimento do valor mínimo do apoio social extraordinário da cultura por trabalhador num valor não inferior ao que resulta do AERT;
– A periodicidade mensal do apoio enquanto se mantiverem em vigor as medidas que condicionem fortemente ou impeçam totalmente o regresso à atividade;
– A garantia de acumulabilidade do apoio com outros apoios e prestações sociais.
A pergunta que resta é como votarão desta vez os partidos que chumbaram a última iniciativa do PCP e se vão continuar a deixar muitos dos trabalhadores da cultura para trás. O PCP cá continuará a defender, de maneira coerente e consequente, os direitos dos trabalhadores das artes e da cultura». Na integra
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