terça-feira, 11 de maio de 2021

PINGA MAIS UMA «LINHA DE APOIO» | 300 MIL EUROS |DEFINIÇÃO |«O apoio a iniciativas culturais, de carácter não profissional na Região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) a ser gerido pela DGARTES, destina-se a apoiar atividades a serem desenvolvidas por entidades coletivas não profissionais, sediadas num dos cinquenta e dois municípios que integram a área territorial de LVT, de acordo com o documento em Anexo»

 

Por mais que nos queiramos distanciar «da espuma dos dias» do que institucionalmente vai acontecendo na esfera da cultura e das artes é impossível, nomeadamente porque cada novo episódio vindo «do Governo» arrasta das designadas questões estruturantes. Mais uma vez isto se passa com o que as imagens indiciam. Uma possível sintese das questões de fundo em presença: ORGÂNICAS DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL NO ÂMBITO DA CULTURA; AMADOR/PROFISSIONAL. E hoje esquecemos a forma como chegaram ao montante divulgado. Curiosamente, no recente Encontro centrado na Cultura da Associação de Municipios da Região de Setúbal aquelas matérias andaram por lá, desde logo, por exemplo, pela participação do Presidente da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto. Desde logo quando se perguntou o que compete ao «ESTADO CENTRAL» na vida dos Teatros Municipais - e estamos a utilizar termos usados. Não, não, a REDE tão apregoada não vai resolver o problema e para isso basta olhar para o que «se passa lá fora» e até para estudos que se foram elaborando ao longo dos tempos - mas dos atuais responsáveis quem os leu?, onde estão? E começar por ver o que se passa com os outros SERVIÇOS PÚBLICOS - a Cultura não pode ser o parente pobre.

Neste quadro algumas considerações - que já nem dirigimos especialmente ao designado Ministério da Cultura, já perdemos as esperanças - como contributo para o pensamento e ação de quem teimosamente não desiste de um SERVIÇO PÚBLICO na Cultura e nas Artes no nosso País, com horizonte e medidas imediatas, mesmo urgentes, porque continua a haver «fomes».Assim:

O MALFADADO PREMAC

A verdade dos factos: há quem continue em estado de choque com o que se passou e está a passar com as orgânicas na esfera da Cultura. Os Governos PS não anularam o Premac, que tão contestado foi. Tudo continua na mesma. Em particular na DGARTES as alterações «cegas» levaram-nos onde nos encontramos, e o simples olhar para o «organograma» mostra a aberração organizacional. Bem sabemos que no Governo há quem não pense assim e defenda que se pode trabalhar com qualquer orgânica. E de repente aqui a temos a assumir cumulativamente atribuições de uma «DIREÇÃO REGIONAL».Por mais de uma vez aqui no Elitário Para Todos temos levantada  a questão de se saber o que distingue a DGARTES (organização central) das DIREÇÕES REGIONAIS (organizações desconcentradas). E como internamente na DGARTES se desempenham os dois papéis? Há quem se lembre de reflexão em torno de um pedido de uma (à data) DElegação Regional sobre quais as orientações nacionais para o AMADOR na esfera da cultura ... E neste momento: quais são? Que estratégia? Em especial, e na circunstância,que finalidades e objetivos para a Região de Lisboa e Vale do Tejo? Claro, como a situação é miserável, tudo «o que vier à rede é peixe» ...

Mais alguns elementos que ajudam a dar suporte ao que se adiantou:

 


 

 

 

 

PROFISSIONAL/NÃO PROFISSIONAL-AMADOR 

Sobre esta questão, para quem ouviu a intervenção de Rodrigo Francisco no Encontro atrás mencionado, não pode deixar de se lembrar do momento em que o «Teatro de Campolide» ao mudar-se para Almada, decidiu ser PROFISSIONAL. Pois é, neste ano da graça de 2021 em que critérios assenta esta categorização na DGARTES? Olhamos para o «regulamanto» para mais esta «linha de apoio» e o que se conclui é que tem abordagem semelhante aos existentes para os «Profissionais». Pois é, mas o AMADOR - a coisa amada (lema seguido na Coimbra Capital de Teatro, onde estará o que lá se produziu sobre esta frente?) - tem de ter aproximações próprias ... 

CORRAM, CORRAM,  AOS 300.000 EUROS: E QUANTOS SERÃO OS POTENCIAIS CANDIDATOS DOS 52 CONCELHOS?

Mesmo os que não «gostem de contas» não poderão deixar de as fazer ao olharem para os números em presença e para os que se desconhecem mas se intuem... Por «pudor» fica-se por aqui. Apenas: uma vez mais uns contra os outros, o contrário do que deve alicerçar um SERVIÇO PÚBLICO.  


(estará desatualizado, mas para o fim em vista, «dar uma ideia», ...cumpre a função)
 
 

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