quarta-feira, 13 de julho de 2016

É BOM SABER | «O PCP não deixará de estar na linha da frente em defesa da Cultura como factor de emancipação individual, social e nacional!» | TALVEZ SUBLINHAR QUE A SITUAÇÃO É DE URGÊNCIA !

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Um excerto:

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 Em completo desrespeito pela Constituição da República Portuguesa, de que a atribuição de 0,1% do Orçamento do Estado para a Cultura é um exemplo elucidativo, a política de direita na Cultura tem como principal objectivo substituir qualquer perspectiva de democratização cultural, comprometida com as aspirações de transformação, emancipação e liberdade dos trabalhadores e do povo, pela mercantilização cultural ao serviço dos interesses de lucro privado e de hegemonia cultural da grande burguesia, dos grupos monopolistas e das industrias culturais por estes promovidas.
Fruto desta política são os sinais de grandes dificuldades por que passam os vários subsectores da cultura:
- O investimento público caiu a pique, atingindo em 2016 o valor mais baixo em democracia;
- Os cortes nos apoios às artes e os contínuos atrasos nos concursos, situação que tem levado ao cancelamento de programas, festivais e espectáculos e ao fecho de companhias por falta desses apoios;
- A grave situação que se vive nos arquivos e nas bibliotecas por dificuldades financeiras para a sua renovação;
- A falta de apoio à criação literária fruto de uma política que privilegia os monopólios literários;
- No cinema, os apoios à produção deixaram de ser considerados no Orçamento do Estado, ficando dependentes de uma taxa paga pelas empresas prestadoras de serviço de televisão;
- Museus, palácios e monumentos nacionais em que, sem a contratação de novos trabalhadores e com a reforma de muitos dos seus quadros, vão perdendo capacidade de “passagem do testemunho” e salvaguarda do conhecimento;
- A tutela do Património Cultural enfraquecida e esvaziada de meios humanos e materiais, com evidentes dificuldades de intervenção no terreno;
- O património que deveria ser objecto de especial protecção e valorização, foi-se degradando, fruto da incúria de décadas, e ficou ao abandono ou, pior ainda, foi vendido a pataco;
- O desemprego e o flagelo da precariedade que atinge grande parte dos trabalhadores da Cultura.
(...)»

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