Se fosse vivo Mário Dionísio faria hoje 100 anos. Assinalemos a data lembrando o seu magnifico livro de contos da imagem. Daqui: «Lembro-me perfeitamente de que, ao escrever O Dia Cinzento, não me movia a mínima ambição ‘literária’, mas outra, muito mais ambciosa e mais ingénua, que era a de acordar naqueles que o lessem a consciência da injustiça social e a necessidade de agirem contra ela.» Eis as palavras que Mário Dionísio nos deixa no prefácio desta antologia e que resumem o espírito de uma obra pouco ou nada aclamada aquando da sua publicação, mas que o passar do tempo tornou uma das mais aplaudidas da nossa literatura.Em 1944, O Dia Cinzento surge numa época de medo, desalento e desesperança, em que as palavras eram censuradas e os sonhos reprimidos. Talvez por isso estas histórias de vidas banais tenham passado despercebidas e o seu verdadeiro propósito não tenha sido reconhecido.Já em 1967, O Dia Cinzento é de novo publicado, mas desta vez com Outros Contos, escritos na mesma década e que completam este volume de pequenas narrativas sobre pessoas comuns e dispersas, mas que, sem o saberem, partilham a mesma angústia, a mesma tristeza e a mesma frustração de uma vida desencantada, profundamente cinzenta…».
Entretanto, a Imprensa Nacional - Casa da Moeda acaba de editar «Poesia Completa de Mário Dionísio». Mas Mário Dionísio, «nascido a 16 de julho de 1916, está a ser celebrado com exposições, leituras de poemas e conferências, entre outras atividades, em Vila Franca de Xira, Guarda e Lisboa, onde, hoje, das 10:00 às 22:00, na Casa e no Largo da Achada, se realizarão oficinas, jogos, sessões de leitura de poemas e de interpretação de canções, além de haver "comes e bebes"»:
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