terça-feira, 26 de julho de 2016

REVISTA COMUNICAÇÃO & SOCIEDADE n.º 29 | «Imaginários Coloniais: Propaganda, Militância e "Resistência" no Cinema»



«Imaginários coloniais: propaganda, militância e “resistência” no cinema 
Maria do Carmo Piçarra, Rosa Cabecinhas & Teresa Castro

O aniversário dos quarenta anos das independências africanas é o pretexto para analisar como é que o colonialismo português tem sido imaginado através da imagem em movimento. Nesta edição da revista Comunicação & Sociedade, a reflexão proposta pelos ensaios reunidos sob o título Imaginários coloniais: propaganda, militância e “resistência” no cinema é um contributo para o conhecimento dos homens e mulheres imaginados através do cinema pelo (pós-)colonialismo durante e após o Estado Novo (1926-1974). Note-se que, tanto em Portugal como noutros países europeus, são escassos os estudos sobre como o cinema representou as ex-colónias. A escassez é, porém, contrabalançada pelo facto de se tratarem de investigações recentes, denotando uma tendência valorizadora desta pesquisa. Em Portugal, iniciou-se o estudo histórico das representações cinematográficas do colonialismo, sob a coordenação de Luís Reis Torgal, em O Cinema sob o Olhar de Salazar (2000), um estudo que foi aprofundado por Jorge Seabra em África Nossa: o Império Colonial na Ficção Cinematográfica Portuguesa (2011). No âmbito da antropologia, editou-se Guia para os Filmes Realizados por Margot Dias em Moçambique, da autoria de Catarina Alves Costa (1997), Alexandre Oliveira estudou Os Filmes de Ruy Cinnati sobre Timor 1961-62 (2003) e A câmara, a escrita e a coisa dita... (2008) é incontornável para estudar a obra filmada e escrita em Angola, por Ruy Duarte de Carvalho. La Collection Coloniale de la Cinemateca Portuguesa, publicado por Joana Pimentel na FIAF nº64 (4/2002); a obra, do investigador belga Guido Convents, Os Moçambicanos Perante o Cinema e o Audiovisual: Uma História Político-cultural do Moçambique Colonial até à república de Moçambique (1896-2010) (2011); além da trilogia Angola, o Nascimento de uma Nação. Vol. I O Cinema do Império; Vol. II O Cinema da Libertação e Vol. III O Cinema da Independência (António & Piçarra, 2013, 2014, 2015) e Azuis Ultramarinos. Propaganda e Censura no Cinema do Estado Novo (Piçarra, 2015) - este último com enfoque nas Ciências da Comunicação - destacam-se na escassa bibliografia sobre cinema nas ex-colónias portuguesas». Continue a ler.




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