sexta-feira, 25 de setembro de 2020

AONDE NOS LEVA UM POST ...

 

 

Para começo:  somos leitores atentos do  blogue de Alexandre Pomar - e se nos é permitido, e caso não o seja, recomendamos, nomeadamente  aos profissionais da cultura, que passem por lá, ajuda-nos a (re)construir  memória que não temos e que é necessária  ao desenho  de politicas públicas na esfera da cultura e das artes, e na sua apreciação e critica. Depois, uma declaração de interesses:  aqui no Elitário Para Todos a Lisa Santos Silva tem amigos que vêm do tempo em que trabalhou «na Cultura» -  a seguir à revolução. Ainda a Cultura estava no Ministério da Comunicação Social, no Palácio Foz, onde, por exemplo, Helder Macedo, Eduardo Prado Coelho, estiveram Diretores,  e David Mourão-Ferreira Secretário de Estado (por duas vezes) ... Depois, a Cultura autonomizou-se  e foi para o Edificio «ao lado do Galeto» e a Lisa ainda aí esteve funcionária ... A seguir rumou a Paris, onde vive e trabalha talvez já vá em  40 anos  ... E isto dirão não interessa a ninguém ... Posto desta forma terão razão... Mas se olharmos para estes dados à luz do post Instituições e artistas (ampliado do facebook), no blogue de Alexandre Pomar, talvez já seja outra coisa, e onde LIS será LISA. De lá salta uma problemática que a nosso ver urge estudar, que há muito defendemos, e que tem a ver com PERFIS PARA A CULTURA: Perfil dos Dirigentes sejam superiores ou intermédios, e dos técnicos nas Administrações da Cultura  nomeadamente na Central. Necessariamente, teremos que ir ao passado, e estudá-lo,  onde haverá épocas em que se destacará «um padrão» em especial no que diz respeito à hoje designada DGARTES, então DGAC - por exemplo, para as Direções de Serviço era uma coisa, para as Divisões outra ... E nestes dominios talvez olhar também para o que era defendido no primeiro Governo Guterres. O assunto era assunto, e mereceu critério. Hoje, perante o que nos é dado observar «o perfil» varia de concurso para concurso ..., conforme dá jeito, eventualmente em consonância com «fotografia» prévia de quem se quer no lugar ... E por lá ficarão  dirigentes até haver «caso» e vir para as primeiras páginas dos jornais. O que se passa na atual DGARTES é paradigmático: Diretor-geral «em regime de substituição» por tempo infinito ..., e tudo corre como se estivessemos na maior das normalidades. E depois admiram-se que os populistas medrem.

UMA COISA É CERTA:OS PERFIS DOS DIRIGENTES E DOS QUADROS SUPERIORES  É MATÉRIA PRIORITÁRIA A SER REFLETIDA  NA CRIAÇÃO  DE UM REAL MINISTÉRIO DA CULTURA E NA REFUNDAÇÃO DA DGARTES. 
 
Quando se fizer esse estudo do passado o papel da LISA SANTOS SILVA deve ser caracterizado, naturalmente, como os demais... E o saldo para ela e para os restantes ARTISTAS  do seu tempo em funções «no Estado» será reconhecido.  Uma coisa se pode testemunhar: foram tempos exaltantes,  e haverá documentação que justifica todas as decisões tomadas, e cada «tostão» gasto. E no início com  «Chefias» só no trabalho e não na remuneração.  E era de aproveitar os testemunhos dos que passaram pelas Administrações enquanto estão vivos ... Muitos já não o poderão fazer.
Mas o que aqui também  queremos sublinhar é que a ida da Lisa para Paris levou a que pouco se falasse dela por cá ... Quiçá «uma mulher artista temporariamente esquecida» ...
 E coicidência das coicidências a leitura  do post aqui na berlinda coincidiu com a compra do catálogo da imagem acima na loja da Gulbenkian - é sobre uma exposição que houve no Centre culturel Calouste Gulbenkian, de Paris, em janeiro de 2011, a que aliás nos referimos à data aqui no blogue. Tem texto de Isabel Carlos e de Eduardo Prado Coelho. Pronto, isto é como as cerejas, e enquanto não tivermos memória institucional vamos nós cruzando coisas ... Factos e opiniões. E, quem sabe, quem conta um conto ...


do catálogo, «La Petite Menine» | Paris 2008

Ah, a Lisa está a escrever a sua «história». Já publicou «Apaga tudo não esqueças nada» + «Fragmentos para um auto-retrato». E mais se vai seguir.
   
 
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E já que estamos com «as mãos na massa», a solução orgânica para as «artes plásticas»  na Direção-Geral da Ação Cultural (DGAC) em 1980:



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