sábado, 21 de dezembro de 2024

TOMANDO DE EMPRÉSTIMO POSTAL RECEBIDO | «Boas Festas» | NESTE MUNDO COMPLEXO, TURBULENTO, EM MUDANÇA

 


«Como fazer e viver a arte nestes tempos da cultura de cancelamento?»

 

 

«Uma indagação apaixonada, provocante, extremamente inteligente. Vai ao âmago de uma das discussões mais prementes nos dias de hoje.
O que fazemos com as obras de arte de homens monstruosos? Podemos amar a obra de Roman Polanski, Michael Jackson, Hemingway ou Picasso? Deveríamos amá-la? Haverá uma «dispensa» especial para os génios? O que torna uma mulher artista um monstro? E o que deveríamos fazer com a beleza e os nossos sentimentos contraditórios em relação a ela?
Claire Dederer explora estas questões e as nossas relações com os artistas cujo comportamento interfere com a nossa capacidade de entender as qualidades intrínsecas de uma obra. Dederer reflete sobre a forma como responde e reage a este dilema, e leva-nos a fazer o mesmo». Saiba mais.
 
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Noutra dimensão - o caso é macabro que se julgaria impossível em humanos -  não deixemos passar o momento para com náusea lembrarmos o que foi feito a Gisèle Pelicot. Via blogue Em Cada Rosto Igualdade - GISÈLE PELICOT, uma mulher corajosa.
 
 
 

«No ano em que se celebram os 50 anos do 25 de abril, e a poucos dias do Natal, a PSP e o governo presentearam esta quinta-feira várias dezenas de imigrantes na rua do Benformoso, no Martim Moniz, com um tratamento maldoso, humilhante e perverso, digno do antigo regime fascista»

 

O trabalho da imagem é exclusivo para assinantes mas nós «roubamos» umas passagens (está bem, é quase tudo) porque, desde logo, somos fãs da «beleza das pequenas coisas». Na circunstância, porque dá globalidade ao que nos foi chegando aos retalhos nos últimos dias. Ajudará a suportar a tristeza provocada pelo acontecido a «gente, gente». Vamos a isso, a este texto forte que muitos e muitas talvez gostassem de subscrever:


«Vamos lá ver se a gente se entende: O que seria do nosso país, ou mesmo da Europa, se não contasse com a expressiva força de trabalho dos imigrantes?

Seja na área dos transportes, da agricultura, da construção civil, das pescas, da restauração e hotelaria, na saúde, nos lares ou apoio de idosos, no turismo, e por aí fora. Parava. Falia. Dava o berro. Desacertava o passo neste mundo competitivo e veloz.

Ajit Hanssraj, presidente cessante da comunidade hindu, recordou ontem que são tantas vezes os imigrantes que asseguram o “3D Work”: Difficult (difícil), Dirty (sujo), Dangerous (perigoso).

Em troca, Portugal tem a obrigação moral e ética de garantir de volta dignidade e direitos humanos, respeitando e integrando todas as pessoas que escolhem viver e contribuir para o nosso país.

A desconfiança com base em nada

Que não haja dúvidas, os imigrantes ajudam a sustentar a economia, além de nos trazerem mais mundo e diversidade cultural.

Mas há quem olhe para eles com desconfiança, e o governo parece alimentar de forma irresponsável esse desconforto, com base em coisa nenhuma.

No ano em que se celebram os 50 anos do 25 de abril, e a poucos dias do Natal, a PSP e o governo presentearam esta quinta-feira várias dezenas de imigrantes na rua do Benformoso, no Martim Moniz, com um tratamento maldoso, humilhante e perverso, digno do antigo regime fascista.

Como se de um pelotão de fuzilamento se tratasse.

Senti vergonha alheia e repúdio pela forma como aquelas pessoas, só por serem imigrantes, foram encostadas à parede, de costas, como se ali estivesse um gangue de perigosos rufias, pronto a prevaricar.

Quem prevaricou, afinal?

“Prevaricar”, de acordo com o dicionário, significa “trair, por interesse ou má-fé, os deveres do seu cargo ou ministério ou abusar do exercício do cargo.”

Ora quem prevaricou foi o governo e a polícia. Porque não havia razões com base em dados sólidos e concretos para aquela ação espalhafatosa e daquela dimensão. E o governo deve ser questionado e escrutinado sobre isto. As críticas somam-se.

Não podemos deixar que este tipo operações, dirigidas a comunidades inteiras de bairros, sejam normalizadas. Elas passam uma mensagem clara e perigosa:

Para este governo todas as pessoas imigrantes da comunidade do subcontinente indiano são criminosas, até prova em contrário, forjando e reforçando a percepção errada de intranquilidade social. O mesmo que tem acontecido no bairro do Zambujal.

Isto para validar uma série de políticas discriminatórias e persecutórias de minorias étnicas.

Montenegro afirmou que esta operação especial foi “importante” para criar “visibilidade e proximidade” no policiamento e para aumentar a sensação de “segurança” e “tranquilidade”. Só que não. O que Montenegro fez foi encostar os valores da nossa democracia à parede.

E não só enxovalhou de forma gratuita a comunidade de imigrantes hindu, como deixou o país com a cara da vergonha, pelo passado e presente tão marcado pela emigração.

Como nos sentiríamos se o governo francês (ou inglês) decidisse fazer o mesmo aos muitos portugueses que lá trabalham?

Percepções erradas e injustas

Não há qualquer indício de que os imigrantes em Portugal criem mais insegurança e mais criminalidade, como vem provar o Barómetro da Imigração da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS). O que existem são percepções erradas, irreais, injustas e infundadas.

Mas com tudo isto, um novo sentimento de choque, medo e revolta cresce. E não, não é medo dos imigrantes. É choque com este governo de coligação à direita, com tiques xenófobos, racistas e autoritários, cada vez mais alinhado com uma certa visão de mundo alarve da extrema-direita, a instigar o ódio e a desconfiança contra as minorias raciais e étnicas.

Precisamos de um governo democrático e humanista, seja à direita ou à esquerda, para não ficarmos reféns de delirantes narrativas securitárias e extremistas, que alimentam percepções erradas, a colocar uns contra os outros, numa crescente incapacidade de lidar com a diversidade, encostando-a à parede. Onde isto vai parar?

Recordo as palavras da minha entrevistada desta semana, a escritora Patrícia Portela:

2024 é o ano em que a Europa Unida vai nua, escondendo-se atrás de um finíssimo fio dental de hipocrisia de cada vez que aborda temas como os refugiados, a imigração ou os conflitos que se desenrolam às suas portas.”

Deixo uma sugestão Natalícia

Este Natal sugiro que façam algumas das vossas compras no Martim Moniz, no comércio local, com preços bem em conta.

Levem toda a vossa família, as vossas crianças e, nesse passeio, descubram novos condimentos, produtos e alimentos nas mercearias e lojas do bairro, ou nos dois centros comerciais que lá existem, comam por ali uma refeição, falem com as pessoas imigrantes que por ali trabalham, que são simpáticas, educadas e prestáveis.

E perceberão que aquela zona é mesmo segura e que o que talvez falte ao primeiro-ministro Luís Montenegro é coragem para furar a sua bolha de privilégio para conhecer melhor aquele bairro lisboeta (que já agora, sempre foi multiétnico), e perceber os anseios e lutas da população do bairro, que faz parte da força de trabalho deste país.

Talvez a sua percepção mude se provar uma bela e doce ‘bebinca’ indiana, conversar com os imigrantes locais, com empatia, interesse e curiosidade, pois aquelas pessoas, acima de tudo, trazem multiculturalidade a Lisboa. A insegurança não mora ali. (...)».

 
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E como se a riqueza do texto não chegasse  temos  ainda PATRÍCIA PORTELA no Podcast, a não perder:

 



 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

CULTURA |TUDO POR BOAS DISCUSSÕES | não deixemos assim passar ao lado o artigo «A cultura, campo de batalha»| DE ANTÓNIO GUERREIRO NO JORNAL PÚBLICO

 

E trazemos, desde já, para aqui excerto 
a que nos sentimos muito
 afeiçoados no nosso afã em defesa 
do SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA:
 
«(...)Ela ilustra perfeitamente um dos mais persistentes lugares-comuns com que se defronta toda a política cultural, a não ser que ela se reduza a cuidar do património: a subversão artística (ou, pelo menos, o gasto em actividades que ocupam uns poucos e satisfazem uns tantos) realiza-se à custa da subvenção. Já o Dicionário das Ideias Feitas, de Flaubert, dava a seguinte definição para Literatura: “ocupação dos ociosos”; e para Artes: “São verdadeiramente inúteis, substituíveis por máquinas que fabricam mais rapidamente”.
A propósito dos subsídios à cultura (Oh, a cultura, tão oleada e deslizante que ela é! Mas isso é outra conversa: entrar por aí, agora, seria deitar fora o bebé com a água do banho), há um argumento, raramente evocado, que desfaz completamente o lugar-comum: não há hoje quase nenhuma actividade que não seja subvencionada pelo Estado, muito embora circule a triunfante ideia de que “subsidiodependentes” são os artistas, os actores e outras categorias de ociosos. A agricultura, a pecuária, a pesca, a floresta, os transportes, os combustíveis – tudo é subsidiado, tudo beneficia de elevados orçamentos de instituições estatais. Até a tourada, que uns reclamam que é cultura e outros que é um culto (para não parecer neutro, declaro que estou do lado dos que acham que é um culto da estetização do sacrifício e da morte de um animal, a que os “crentes” conferem uma dimensão mística) é directa e indirectamente subsidiada. (...)».


quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

CULTURA | DO LADO BOM PORTUGUÊS | Miguel Azguime, do Miso Music Portugal | UM ENCANTO OUVI-LO | NÃO PERCA !

 


 
É isso, temos quem ao falar  nos ensine de forma natural. E não farão parte do «meio cultural» em que todos se conhecem. Mas só ganhamos em conhecer. Uma riqueza, digamos, «bem guardada». É preciso descobri-la cada vez mais por mais gente. Como «escondidos» estarão programas televisivos. Não é a primeira vez que trazemos o MISO para o ELITÁRIO PARA TODOS. Outra vez:   

 

Mas terminemos assim: por aqui como tantas vezes o dizemos  DEFENDE-SE A DIVERSIDADE NA CULTURA E NAS ARTES. Aliás, como decorre da nossa Constituição. E isso implica SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA e as designadas INDÚSTRIAS  CULTURAIS E CRIATIVAS assentes na lógica do mercado. Valoriza-se o CLÁSSICO,  o MODERNO,  o CONTEMPORÂNEO ... (E será melhor não ressuscitar a «Alta Cultura» e a «Baixa Cultura», de há muito arredada do discurso institucional - mas ouvimos em conversa recente que a dicotomia continua enraizada ...). Ou seja, simplificando, «gostamos mais de tudo». Vamos da oferta do MISO à do HIP-HOP. Ah, e nisto tudo é essencial separar o AMADOR (a coisa amada) do PROFISSIONAL.Deve ser propósito que se consiga viver «da sua arte», sem descurar que se estude «um rendimento básico» para os nossos criadores. A grande sobra,  sem um PLANO PARA O DESENVOLVIMENTO CULTURAL DO PAÍS como acontece (ou devia acontecer) para os demais setores, dificilmente o PROGRESSO acontece. Adensando, chamando para um palco comum:

 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

AMANHÃ | 19 DEZ 2024 ÀS 18:30 EM LISBOA | HOMENAGEM A JOSÉ DIAS COELHO NA RUA COM O SEU NOME JUNTO À PLACA EVOCATIVA | 63 anos após o seu assassinato pela PIDE


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Zeca Afonso
homenageou pela canção
 
 
 
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PELO QUE SE VAI OUVINDO É POSSÍVEL QUE MUITOS SE REVEJAM NO ARTIGO DE OPINIÃO DE LUÍS CASTRO MENDES «ARTE ENCARCERADA» | «Cárcere ou cofre? Quarto de criada ou esconderijo? Ao ignorante que sou, talvez mero fariseu, mas devedor à Gulbenkian de algumas das melhores experiências musicais da minha vida, não deixou de fazer espécie o tratamento carceral infligido ao melhor que o CAM tem» |DEPOIS DOS ESCLARECIMENTOS COMO REAÇÃO AO ESCRITO SOA SEMPRE ESQUISITO QUANDO UMA OFERTA ARTÍSTICA PRECISA DE «MANUAL DE INSTRUÇÕES» | DIZEMOS POR AQUI COMO LEIGOS

 

 

 
 

PARA QUEM NÃO SAIBA | existe o «Centro de Informação Europa Criativa»

 

De lá:

«O Programa Europa Criativa 21-27

1. Caracterização Geral

O Programa Europa Criativa reúne acções de apoio aos sectores cultural e criativo europeus. Em consonância com os resultados da avaliação intercalar ocorrida em 2017, o novo Europa Criativa 21-27 baseia-se e dá continuidade à estrutura do anterior Programa.
Com um aumento orçamental de 50 % em comparação com o programa anterior (2014-2020), o Programa Europa Criativa investirá em acções destinadas a reforçar a diversidade cultural e a colmatar as necessidades e os desafios dos sectores cultural e criativo. As suas novidades pretendem contribuir para a recuperação dos sectores, permitindo-lhes intensificar os seus esforços para se tornarem mais digitais, mais ecológicos, mais resilientes e mais inclusivos. (...). Continue a ler.
 A I N D A

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

«PLAN DE IGUALDAD EN LA CULTURA»

 

«Carta de la Directora General

 La relación entre igualdad de género y cultura es bidireccional. Exige garantizar la participación equitativa de las mujeres en la cultura, eliminando barreras y visibilizando sus aportaciones, al tiempo que posiciona la cultura como vector de cambio, capaz de generar sentidos colectivos y transformar imaginarios, a través de su potencia simbólica. La igualdad de género no es únicamente una meta, es un enfoque fundamental para redefinir la cultura como un espacio que refleje la pluralidad y riqueza de nuestra sociedad. Es un compromiso que debe permear todas las acciones y decisiones, desde lo más cotidiano hasta lo estructural, como principio rector de nuestras políticas culturales. Desde esta perspectiva, abordar la igualdad de género desde los derechos culturales implica incorporar, de modo transversal, este enfoque en todas las dimensiones de la participación cultural, desde el acceso a la creación, pasando por la formación, la memoria y la propia toma de decisiones sobre políticas públicas. Este propósito requiere su adopción sistemática en el diseño, la implementación, el seguimiento y la evaluación de políticas, medidas normativas y programas presupuestarios. Este I Plan de Igualdad en la Cultura pretende materializar estos principios mediante acciones concretas que garanticen la efectividad de estos derechos.
 El presente Plan se articula en cuatro ámbitos: igualdad de oportunidades, visibilidad y reconocimiento, formación y conocimiento, y violencias machistas. Los tres primeros refuerzan líneas ya existentes, mientras el cuarto introduce un eje específico para garantizar entornos seguros y libres de violencias para las mujeres en la cultura. Además, el Plan integra un abordaje interseccional, reconociendo los múltiples factores de discriminación que padecen determinadas mujeres y colectivos en los contextos culturales. Este documento es el resultado del esfuerzo colectivo. Por ello, quiero dar las gracias a las personas que integran el Observatorio de Igualdad de Género en el Ámbito de la Cultura, a las mujeres y entidades participantes, a Pandora Mirabilia, y a las unidades, direcciones generales y organismos del Ministerio de Cultura, así como al equipo de la Dirección General de Derechos Culturales, cuyo esfuerzo y dedicación han sido fundamentales para su materialización. Esperamos que este I Plan de Igualdad en la Cultura se convierta en una herramienta colectiva útil para continuar avanzando en la igualdad en el ámbito de la cultura. Jazmín Beirak Ulanosky Directora General de Derechos Culturales» . 
 
Saiba mais via blog EM CADA ROSTO IGUALDADE:  

TAMBÉM QUEREMOS COMO ACONTECE EM ESPANHA | «Plano Para a Igualdade na Cultura»

 

 

INDÚSTRIAS CRIATIVAS | recorramos a blog de outros para nos ajudar a passar a ideia de que é preciso refletir o assunto no nosso País

 

 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

APROVEITEMOS O «CASO CENTRO CULTURAL DE BELÉM EM TORNO DA EXONERAÇÃO DA SUA PRESIDENTE» PARA REVISITARMOS POSTS ANTERIORES | e a ideia é contribuirmos para reflexões de fundo que interessem a muitos mais além dos «todos que se conhecem» ...

 

mas podemos revisitar
 
Em post recente dissemos isto:«Bem, no momento o centro das atenções são as guerras, digamos, do «BLOCO CENTRAL PS/PSD EM  TORNO DO CENTRO CULTURAL DE BELÉM» - e está a ser penoso, triste, ouvir a Governante de turno, e o Governante anterior...». Depois, destacamos,  muitos dos que entretanto se pronunciaram referem que é difícil falarem do assunto porque o meio é pequeno e todos se conhecem e até há amigos. Que seja! Mas recusamos ir por aí. Abordemos o problema na perspetiva de Políticas Públicas para todos. E neste quadro lembramos o post a que se refere a imagem inicial. Já agora, talvez não houvesse necessidade disto:
E porventura ocasião de «ousar criticar» o que Pacheco Pereira disse a propósito do caso no Programa O Princípio da Incerteza onde retoma o que vem adiantando de há muito. Na essência volta aos «subsidiodependentes» e insiste que o Setor não é escrutinado!
 
No meio das conversas, vemos, uma vez mais, a necessidade de separar águas entre o negócio das «INDÚSTRIAS CULTURAIS E CRIATIVAS» e o «SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA». Em síntese, precisamos de estruturar o  SETOR CULTURA. Que pena os comentadores e companhia se ficarem pelo atomizado. Pela espuma dos dias. Por que razão será? Terá a ver com a lógica dos programas e das coordenadas dos artigos de opinião?  Quase enigma..., ou talvez não. Se calhar é porque se esquecem que há País para lá dos que se conhecem. Eventualmente, faltam especialistas em GESTÃO PÚBLICA. Poucos ou nenhuns o tocam. Talvez aqui um espaço de trabalho para a ORDEM DOS ECONOMISTAS - como já temos lembrado: ao mesmo tempo Gestão Pública e Economia da Cultura. Que belo entrelaçamento! Tão necessário - é só  olhar para outros países.