sexta-feira, 4 de novembro de 2022

«PROJECTO PROFMUS - SER MÚSICO EM PORTUGAL» | vai ser apresentado amanhã no Estoril

PROFMUS é um projecto do INET-mdInstituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança da NOVA-FCSH. Do que visa, e que se pode ver no seu site: «(...) O estudo das condições materiais da actividade quotidiana dos músicos profissionais em Portugal, para além de estudos de caso sobre carreiras individuais, permanece ainda por fazer. 

As principais mudanças ocorridas na vida musical portuguesa desde a fase final do Antigo Regime até ao século XX não podem ser compreendidas sem uma noção mais precisa das condições sociais e profissionais que estruturaram a vida musical durante este período.

Ao contrário de estudos anteriores, dedicados a percursos individuais ou a instituições e a outras organizações musicais, o presente projecto irá centrar-se na comunidade de profissionais que fazem a própria música, assim como na densa rede onde se inserem as suas vidas e as suas carreiras. Outra abordagem inovadora é a escolha de um amplo âmbito cronológico. De facto, apesar das transformações sociais e culturais associadas às mudanças de regime político e a outros acontecimentos históricos e ao seu impacto na actividade musical, algumas questões duradouras são transversais a diferentes períodos. Identificámos assim um quadro temporal extenso, numa perspectiva de "longue durée", que abrange quase dois séculos e meio, desde 1750 a 1985. (...)».

 Ora, amanhã, sábado, conforme se pode ler aqui: «No sábado também, no âmbito da apresentação desta investigação, vão ser igualmente anunciados dois livros a publicar, em data a definir: “Fin Qui Ho Parlato: a condição profissional dos músicos na Lisboa oitocentista e outros ensaios", de Francesco Esposito (1964-2020), “um dos principais mentores deste projeto”, e “A Música como Profissão: percursos, estatuto e associativismo musical em Portugal (1750-1985)”, com prefácio de Rui Vieira Nery, numa edição de Cristina Fernandes, Manuel Deniz Silva e Tiago Manuel da Hora.

Ainda: Sobre ”A Música como Profissão”, Tiago da Hora disse que a primeira parte é dedicada à história do associativismo em Portugal e, a segunda, inclui diferentes artigos de vários investigadores que se articulam com questões de trabalho, estatuto dos músicos, relação entre os músicos portugueses e os estrangeiros, famílias de músicos, estudos de género e outros estudos de caso. E deu como exemplo, "um artigo de Vieira Nery sobre a profissionalização no fado e as repercussões que isso teve no género e a forma como os fadistas, enquanto profissionais, intervieram”. ».

No artigo seguinte, escolhido entre outros da comunicação social, pode ficar-se com um bom resumo do Projecto e do seu contexto: 

 

No site da Radio Calheta

 

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A propósito, será que o Senhor Ministro da Cultura vai estar presente? Mas era capaz de ser útil porque a articulação do Ministério com a Academia é fundamental, e  para isso estruturar serviços na Administração que o garantam torna-se básico. Que diagnóstico fará o Governante deste particular?


  

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