E cá temos os resultados tão aguardados dos Financiamentos do Ministério da Cultura através da DGARTES para o TEATRO na designada modalidade APOIOS SUSTENTADOS. «APOIOS», o que logo significa que o ESTADO tira água do capote. Ou seja, não financiará tudo - apoia. Imaginam isto a passar-se para uma ESCOLA ou um CENTRO DE SAÚDE? que só funcionariam se alguém arranjasse outros financiamentos. Por conseguinte, à partida, e sempre, enquanto não se resolver, é o SERVIÇO PÚBLICO, na circunstância do TEATRO, que está em causa. E também as designadas INDUSTRIAS CULTURAIS E CRIATIVAS que certamente também fazem parte da programação da tal REDE DE TEATROS E CINETEATROS.
Bom, agora vamos assistir ao habitual: contestação dos agentes culturais; idas ao Parlamento do Ministro da Cultura; declarações daqui e de acolá ... E esperemos que no fim tenhamos o que aconteceu em 2018: mais dinheiro, mais «apoios». Alguns já poderão «respirar fundo» e começar a pensar « a dois anos» e «a quatro anos». Como profissionais que são, será que haverá quem arrisque e comece a pensar a sua vida pessoal com horizonte?, isto é, para muitos, adquirir casa, criar família, ter filhos ... Lembremos que há uma política que visa a CONCILIAÇÃO DA VIDA PESSOAL, FAMILIAR, PROFISSIONAL. Como é que isto pode acontecer no setor da Cultura e das Artes? Há adultos/as jovens que continuam a viver como se estudantes fossem, por exemplo, «em comunidades» para partilharem despesas, ou a não saírem da casa dos pais. Outros e outras emigram ou mudam de profissão ...
Enfim!, não desistamos. E neste momento estejamos uma vez mais com o SETOR, na convicção que há um conhecimento e um prazer que só a cultura e as artes nos podem dar. E que tem de estar ao alcance de todos. Falamos de SERVIÇO PÚBLICO. E para isto aproveitamos o momento para encaminhar para o que se passa com outros: uma vez mais França - veja imagem acima.
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