quinta-feira, 3 de novembro de 2022

UMA ENTREVISTA DE UM «PRIVILEGIADO» A NÃO PERDER |«Nós trabalhamos com dezenas de câmaras municipais, já fizemos mais de 100 eventos. Aquilo que notamos é que há um “salve-se quem puder” nas câmaras. Não há uma filosofia de como programar a cultura, gerir espaços culturais ou articular esforços com outras câmaras. Sentimos quase sempre que temos de começar do zero. Passamos de uma câmara com vereador da cultura para outra em que estamos a lidar com um técnico superior que também se ocupa de encomendar balizas e cestos de basquete – porque desportos, tempos livres e cultura estão ali todos na mesma pasta»

 

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Excerto:

«(...) Quais são os maiores desafios que encontras?

Nós trabalhamos com dezenas de câmaras municipais, já fizemos mais de 100 eventos. Aquilo que notamos é que há um “salve-se quem puder” nas câmaras. Não há uma filosofia de como programar a cultura, gerir espaços culturais ou articular esforços com outras câmaras. Sentimos quase sempre que temos de começar do zero. Passamos de uma câmara com vereador da cultura para outra em que estamos a lidar com um técnico superior que também se ocupa de encomendar balizas e cestos de basquete – porque desportos, tempos livres e cultura estão ali todos na mesma pasta.

Como se financia o projeto?

Procuramos nunca ter os ovos todos no mesmo cesto. Temos três mecenas e alguns apoios locais, mais pontuais. Os municípios que investem em nós estão a comprar um concerto de orquestra; fazemos um valor muito mais baixo para que as cidades possam entrar de forma confortável neste primeiro investimento na música clássica. Em 2022 encontrámos uma nova e inesperada fonte de rendimento, que é ganhar prémios. Este ano vencemos dois e somos finalistas em mais um. Já é significativo. (...)»

 

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