domingo, 4 de dezembro de 2022

COLÓQUIO «TEATRO, ESPAÇO VAZIO E DEMOCRACIA» | Caldas, cidade criativa? | 10DEZ2022 | 18:30H | CALDAS DA RAINHA

 


De lá: «“Teatro, Espaço Vazio e Democracia”, a ter lugar no Teatro da Rainha, 10 de Dezembro, às 15h. Intervirão Fernando Mora Ramos, director da companhia fundada em 1985, Sofia Bandeira Duarte, Sofia Reboleira, João Gabriel, e Pedro Xavier Mendonça. No mesmo dia, às 18h30, a Sala Estúdio do Teatro da Rainha acolherá o concerto “De Buenos Aires a Paris”, com Emma Alonso na voz e José Manuel Vaquero ao piano.
O colóquio “Teatro, Espaço Vazio e Democracia” teve a sua primeira edição em 2017, propondo-se como estímulo à reflexão e ao debate sobre o papel que a actividade teatral tem a desempenhar em sociedades que se pretendam democráticas. Partindo de questões gerais tais como as elaboradas por Peter Brook (1925-2022) no volume intitulado “The Empty Space” (1968) — «Terá o teatro um verdadeiro lugar nas nossas vidas? Que função pode ter? O que pode servir? O que poderia ele explorar? Quais são as suas propriedades especiais?» —, este é um momento instigador de ideias, observações, indagações, um espaço de inquietação e de desassossego com um propósito claro de construir a partir da discussão, fazer, no sentido de “poíesis”, com base na controvérsia e na imaginação, em suma, um espaço de criatividade, edificador do pensamento.
Este ano queremos pensar Caldas da Rainha, o que na cidade há, não há ou pode haver de criativo. Caldas, cidade criativa? A UNESCO diz que sim, desde 2019, no domínio dos crafts e das artes populares. Os crafts são as artes e os ofícios ligados ao artesanato. A louça, portanto. Mas o que são ou podem ser as artes populares? Que funções desempenham e que papéis representam na cidade? Estamos condenados ao priapismo de barro? Que tipo de relação e elos mantêm os cidadãos com essas tais artes populares? Quais são? Onde se produzem?
O tema, está visto, desbrava uma vasta zona de cogitações a serem exploradas, nomeadamente por quem, vivendo numa cidade, não prescinda da oferta cultural que ela tenha para oferecer. E por quem, na ausência dessa oferta, prefira outros locais para existir e viver. Desejamos, pois, percorrer um caminho na direcção da criatividade activa, exigente no sentido do confronto crítico, livre e democrático, sem o qual estamos convencidos não haver verdadeira cultura, a que gera pontes entre o vivido e o pensado. Para tal desafiámos e convidámos a intervir quatro pessoas com uma relação de proximidade à cidade de Caldas da Rainha. (...)».

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