quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

O SENHOR MINISTRO DA CULTURA ANDA «NUMA RODA VIVA» A QUERER DEMONSTRAR QUE «ESTÁ TUDO CERTO» | com o devido respeito, tudo leva a concluir que está errado, senhor Ministro ...

 

 

Leia aqui

Este post é sobre os resultados dos concursos dos «Apoios às Artes», mas queremos começar por este artigo:  

O que fará correr o Ministro da Cultura?

É que lá pode ler-se isto:«Numa entrevista que deu ao Expresso, o Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, informou que estava a ser feita uma “inventariação fina” e uma lista de património originário das antigas colónias portuguesas para eventual devolução, e explicou que isso estava a ser feito à margem de um debate público, que — depreende-se —, a efectuar-se, condicionaria ou envenenaria certamente as coisas. Dias depois, em declarações à Lusa, e precisando melhor, o ministro repetiu o seu desejo de que tudo seja tratado “de forma discreta e longe da praça pública” para não alimentar “guerras culturais artificiais”; reconheceu que “não há nenhum caso concreto de pedido (de devolução) e não há nenhum caso concreto (de objecto, obra de arte, etc.) identificado”; e sugeriu que como este “é um debate que tem ocorrido em todos os países, nomeadamente nos países europeus que foram potências coloniais”, Portugal deve seguir esse exemplo. Ou seja, o ministro decidiu agitar e dar gás a uma questão que não existe nem se coloca no nosso país e no seu relacionamento com as suas ex-colónias. (...).Uma vez que nenhuma entidade ou força exterior pressiona o governo português — a não ser o desejo de ecoar o que se faz lá fora — fica, então, a pergunta: o que fará correr Adão e Silva? O que o levará a disparar mais rápido do que a sua sombra? Será apenas oportunismo político para mostrar serviço e surfar a onda do politicamente correcto e do reparacionismo woke? (...)». Ora, perante estas palavras, o que queremos voltar a  sugerir é que o Senhor Ministro na esfera do financiamento às artes, olhe também para o que ocorre noutros países nomeadamente em países europeus.

 

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 Agora entremos «na ordem do dia». O Senhor Ministro, de facto, anda «por tudo o que é sitio», e em síntese, a tentar convencer que está tudo certo no que diz respeito aos resultados  dos «Apoios Sustentados» a fazer lembrar o tempo das «inevitabilidades». E que não vai haver modificações. Esquece-se que se está em fase de «audiências». E que há um Governo. E uma Assembleia da República. E há lugar a reclamações e recursos. E CONTESTAR É UM DEVER quando se conclui que se está a ser injustiçado e/ou há irregularidades/ilegalidades. Foi mais ou menos isto que se ouviu de Marcos Martins há pouco na TSF - meio a que o Ministro acorreu logo depois a dizer de sua justiça, ou seja, a repetir números e mais números, até talvez um pouco «no tom» a perder a compostura. Mas eventualmente captámos mal. Contudo aquela, por exemplo, de dizer que há Candidatos que já não eram apoiados ... 

  

E o Senhor Ministro assegura na TSF que não há ilegalidades: senhor Ministro deixe que as coisas progridam e não se substitua às instâncias que sobre isso se devem pronunciar. .. Parece, de facto, haver aqui algum «desespero», o que não é bom sinal de quem julga «ter razão». Outro lugar aproveitado pelo Governante foi a Conferência no âmbito da Rede de Teatros e Cineteatros - (pelo andar da carruagem, certamente que o Senhor Ministro não terá qualquer ponto negativo a apontar a esta Rede nem tão-pouco ao estudo nela apresentado, mas a isso voltaremos noutro post) -, ver imagem inicial, e vejamos então o que lá foi apresentado e disponível no Portal do Governo: 

 

veja aqui

Ainda que mal se avalie, isto não será apresentação «de ministro», mas para um técnico. A um Governante pedem-se  leituras políticas. Começando pelos diagnósticos de partida: mas já se percebeu que o Senhor Ministro acolhe a herança que recebeu buscando a melhor maneira de a defender como sem alternativa. Mas há alternativa, tem de haver ... 

 

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