Mais uns Alertas Google a «desassossegarem-nos»: um a que se refere a imagem e outro que nos diz que o «Director-Geral das Artes lamenta que o Ministério da Cultura não possa apoiar os artistas amadores» (com fonte na Antena 1). Uma pessoa vê isto e volta a olhar e pensa se seria mesmo o que queriam dizer. Desde logo, uma vez mais: eventualmente querem desviar as atenções do que neste momento está em cima da mesa, ou seja, os resultados dos concursos de «Apoio às Artes». Depois, também uma vez mais: não há memória organizada nomeadamente na DGARTES. Então vamos lá a algumas notas assentes na memória individual de gente aqui do Elitário Para Todos e de leitores/as que viveram a DGARTES e os organismos que a antecederam durante décadas:
- Senhor Ministro, que «passagem a essa fase» está a considerar? Essa fase já existiu. Durante anos houve atividade muito bem estruturada na Direção Geral para o AMADOR. Na esfera dos COROS, das BANDAS, do TEATRO, dos EQUIPAMENTOS, da ANIMAÇÃO CULTURAL, do CINEMA, do FOLCLORE, do ...
- Depois, a organização da estrutura da Secretaria de Estado da Cultura/Ministério da Cultura foi-se modificando (a nosso ver, em sentido positivo umas vezes, negativo outras) e em dado momento a ideia era dar grande poder às Delegações Regionais (que evoluíram para Direções) e, simplificando, o «amador» seria prioritariamente da sua responsabilidade. Entretanto, houve áreas que transitaram para organismos criados - exemplo, Livro e Leitura - ou outros já existentes - exemplo, cinema.
- E houve sempre um «problema»: o que fazer da região de Lisboa e Vale do Tejo. De tal forma que houve momento em que existiu a Delegação (Direção) de Lisboa e Vale do Tejo) que veio a ser extinta. E neste processo a DGARTES herdaria atribuições que ficavam a descoberto ... Muito bem, comecem por nos fazer um ponto de situação desta problemática...
- Já agora, e por agora, em qualquer cenário caberá aos organismos centrais ter um «olhar nacional» sobre os diferentes domínios de intervenção em articulação com os desconcentrados e descentralizados. Nomeadamente, devemos ter reflexão permanente sobre o que é «amador», «profissional», «escolar», «universitário», ... Mas onde estão os serviços centrais que se ocupam desses estudos? (Não nos venham com a Academia - fundamental mas para intervenção outra). Muitos terão presente as criticas que são feitas aos atuais regulamentos para os «profissionais» dizendo-se que muitos dos destinatários serão «amadores». E que não haja dúvidas, por aqui este é o lema: «AMADOR, A COISA AMADA» - aliás, um dos projetos da Coimbra, Capital do Teatro 92/93» ... Ah, talvez interesse lembrar, o Comissário era Ricardo Pais.
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EM JEITO DE SÍNTESE: POR MAIS VOLTAS QUE SE DEEM, REFUNDAR O MINISTÉRIO DA CULTURA JÁ!
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