quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

DGARTES | MAIS UMA NOTÍCIA NO MINIMO CURIOSA |«O diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues, que hoje participou numa sessão de apresentação do projeto da Fábrica da Cultura de Minde, realizada numa antiga fábrica têxtil desta vila do concelho de Alcanena, no distrito de Santarém, referiu a importância dos apoios às estruturas não-profissionais, assegurando que o atual ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, "está disponível" para analisar uma passagem a essa fase»

 

 

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Mais uns Alertas Google a «desassossegarem-nos»: um a que se refere a imagem e outro que nos diz que o «Director-Geral das Artes lamenta que o Ministério da Cultura não possa apoiar os artistas amadores» (com fonte na Antena 1). Uma pessoa vê isto e volta a olhar e  pensa se seria mesmo o que queriam dizer. Desde logo, uma vez mais: eventualmente querem desviar as atenções do que neste momento está em cima da mesa, ou seja, os resultados dos concursos de «Apoio às Artes». Depois, também uma vez mais: não há memória organizada nomeadamente na DGARTES. Então vamos lá a algumas notas assentes na memória individual de gente aqui do Elitário Para Todos e de leitores/as que viveram a DGARTES e os organismos que a antecederam durante décadas:

- Senhor Ministro,  que «passagem a essa fase» está a considerar? Essa fase já existiu. Durante anos houve atividade muito bem estruturada na Direção Geral para o AMADOR. Na esfera dos COROS, das BANDAS, do TEATRO, dos EQUIPAMENTOS, da ANIMAÇÃO CULTURAL, do CINEMA, do FOLCLORE, do ...

- Depois, a organização da estrutura da Secretaria de Estado da Cultura/Ministério da Cultura foi-se modificando (a nosso ver, em sentido positivo umas vezes, negativo outras) e em dado momento a ideia era dar grande poder às Delegações Regionais (que evoluíram para Direções) e, simplificando, o «amador» seria prioritariamente da sua responsabilidade. Entretanto, houve áreas que transitaram para organismos criados - exemplo, Livro e Leitura - ou outros já existentes - exemplo, cinema.

- E houve sempre um «problema»: o que fazer da região  de Lisboa e Vale do Tejo. De tal forma que houve momento em que existiu a Delegação (Direção) de Lisboa e Vale do Tejo) que veio a ser extinta. E neste processo a DGARTES herdaria atribuições que ficavam a descoberto ... Muito bem, comecem por nos fazer um ponto de situação desta problemática...

- Já agora, e por agora, em qualquer cenário caberá aos organismos centrais ter um «olhar nacional» sobre os diferentes domínios de intervenção em articulação com os desconcentrados e descentralizados. Nomeadamente, devemos ter reflexão permanente sobre o que é «amador», «profissional», «escolar», «universitário», ... Mas onde estão os serviços centrais que se ocupam desses estudos? (Não nos venham com a Academia - fundamental mas para intervenção outra). Muitos terão presente as criticas que são feitas aos atuais regulamentos para os «profissionais» dizendo-se que muitos dos destinatários serão «amadores». E que não haja dúvidas, por aqui este é o lema: «AMADOR, A COISA AMADA» - aliás, um dos projetos da Coimbra, Capital do Teatro 92/93» ... Ah, talvez interesse lembrar, o Comissário era Ricardo Pais.

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EM JEITO DE SÍNTESE: POR MAIS VOLTAS QUE SE DEEM, REFUNDAR O MINISTÉRIO DA CULTURA JÁ!


 


 

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