quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA | ALÉM DA TIRANIA DO URGENTE NA ESFERA DOS «APOIOS ÀS ARTES» EM CURSO| «a rede das estruturas de criação que poderia dar sentido à rede de teatros e cineteatros»

 

«O CENA-STE e a Plateia foram, no passado dia 13/12, ouvidos pela (12.ª) Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto da Assembleia da República, sobre o financiamento nos concursos de Apoio Sustentado às Artes e os resultados conhecidos.O vídeo está disponível aqui».

 



Excerto: «(...) No imediato, o PCP «exige a correção dos resultados dos concursos, assegurar o adequado financiamento aos apoios às artes, reforçar as verbas no âmbito do Programa de Apoio Sustentado às Artes 2023/2026 e assegurar que nenhuma estrutura cultural e artística elegível e que cumpra os critérios estabelecidos pelos concursos, como é o caso destas cinco estruturas algarvias, fica sem o devido apoio».

«Mas é preciso alterar o modelo de apoio às artes. É preciso abandonar o modelo concursal e garantir um outro modelo de financiamento que assegure o apoio a todas as estruturas artísticas e culturais, considerando o seu projeto e plano de atividades e que potencie em todo o território a dinamização e o desenvolvimento cultural do Algarve e do país», conclui a nota dos comunistas».

 

 
 
 
Entretanto:«Diretor-Geral das Artes quer centros culturais a estimular criação artística nos territórios» - Leia aqui
 
Ainda: 

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O  mosaico atrás é apenas uma pequena amostra do que se está a passar a propósito dos resultados de concursos de «Apoio às Artes» ou que com eles  se pode relacionar. Perante a «calamidade», naturalmente  há que agir e fazer face à emergência. O curto prazo  exige os nossos esforços - para não se tornar mais frágil o que já o é.  E é intervir quase apenas na base do «bom senso». Por outro lado, é verdade que tecnicamente se  recomenda que não é sobre o problema, a quente, que se devem pensar as soluções de fundo. Ora, talvez aqui se deva agir de de modo diferente até porque a questão não é de hoje e o que se está uma vez mais a passar mostra, uma vez mais à saciedade, que há, de facto,  que mudar o «MODELO DE APOIOS ÀS ARTES». E criar um verdadeiro SISTEMA que provoque e/ou acompanhe o desenvolvimento harmonioso do País. Ouçam-se os que dizem que ESTÁ ESGOTADO. Olhe-se para as ALTERNATIVAS que dos nossos melhores apresentam no espaço público. Faça-se BENCHMARKING com o que se passa lá fora. Procurem-se estudos feitos na DGARTES que apontavam caminhos outros diferentes do que se pratica (como foi público e apenas para ilustrar nomeadamente no tempo do tão admirado Cunha e Silva). Olhe-se para o que o PS defendeu (ainda defende?) e quem sabe retomar o que lançou no primeiro Governo Guterres - foi aí que se generalizaram os concursos, e quem havia de dizer nos traziam ao que está acontecer.   Mas é claro que pelo caminho ficou o que então se previa para o desenvolvimento das artes a longo prazo... Em síntese, contrarie-se a inércia que pontua, comece-se do «zero» - não, não significa ignorar o que existe e já existiu, antes pelo contrário -, ou seja, faça-se uma verdadeira gestão assente na «ORÇAMENTAÇÃO POR PROGRAMAS» que  aliás (e isto em especial para os defensores da gestão legalista) está fixada «em lei»... Isto é, TOMAR MEDIDAS PARA O IMEDIATO - e, sim, Senhor Ministro da Cultura há passado sobre isso, «imite»; LANÇAR TRABALHO SOBRE O SERVIÇO PÚBLICO DO SETOR DA CULTURA (aliás à semelhança do que já fez para outros domínios, Senhor Ministro) de maneira a que nos libertemos deste estado das coisas que aqui nos está a ocupar - mais do que «apoio às artes» é sobre o DESENVOLVIMENTO DAS ARTES.Que o Estado tem de GARANTIR.
 
 
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Neste quadro, veja-se quem, no meio de todo este emaranhado, vê mais além, e o regista numa Nota de Imprensa a que se chegou via Gazeta das Caldas: 
 
 

Estamos em linha. Como tantas vezes aqui temos defendido: separar a designada REDE DE TEATROS E CINETEATROS dos APOIOS ÀS ARTES não foi avisado. Temos isso sim que criar um SERVIÇO PÚBLICO assente em «REDES», e à partida podendo a (SUB) REDE DE CENTROS DRAMÁTICOS ser uma delas. A esta luz que interpretação dar ao que diz o Diretor da DGARTES  no CC das Caldas ? (ver noticia acima).  Curiosamente, CALDAS DA RAINHA era uma das hipóteses no estudo do tempo de Paulo Cunha e Silva para se ensaiar mudança - os outros casos, se bem nos lembramos eram Braga, Aveiro, Almada ... Necessariamente, no que se desenhe para o futuro há que ter em conta o trabalho e dinâmicas existentes, lá, nos TERRITÓRIOS que enchem a boca de tantos. Ah, Senhor Ministro da Cultura, em paralelo com os números agregados que mostra na sua apresentação (ver imagem acima) diga-nos em concreto que «territórios» ficam a descoberto. Melhor: o que se pretende para as diferentes «unidades territoriais». Sim, à semelhança da Saúde, da Educação, das Barragens, das Estradas ...
 
 
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Atualizado.

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