E eis que o jornal Público descobriu o que nos comunica no artigo da imagem acima. Não é abordado no trabalho mas talvez tivesse interesse para os leitores lembrar os Diretores e Subdiretores que já passaram pela DGARTES. E a forma como lá chegaram. E certamente concluir que não se vislumbra quais serão os PERFIS e que a rotação verificada - tendo em conta o que gestão nos ensina - tem custos que à Governação compete evitar. Não com a mesma intensidade mas as mudanças a nível de GOVERNANTES na «área Cultura» também não são despiciendas. Porventura uma coisa não está desligada da outra. De há muito, o lugar da CULTURA na orgânica do Governo é assunto jornalístico, em abundância à volta de ser ou não Ministério. Menos se debate a orgânica para as diferentes «artes», e qual a lógica nas soluções encontradas. Começando pela fundamentação da opção institucional: direção-geral; instituto; entidade pública empresarial; fundação; ... Faz sentido lembrar as extinções e fusões «cegas» aquando da «troika» e depois a promessa do PS a dizer que o Governo ia ser todo ele de CULTURA e que no caso da DGARTES seria reestruturada. Tal não aconteceu. Até hoje, e por isso não se enfrentando «a doença» ela piora. Não se pode culpar a comunicação social desta realidade não merecer a sua atenção, mas pode pedir-se que o faça. Além do historial, sugerir que compare com outros. Certamente concluirá que o que temos tem de ser alterado - ponto final. Refundado. Ou seja, há um problema, de que o perfil dos DIRIGENTES e CHEFIAS faz parte, mas que está para além deles. Se a memória da DGARTES estivesse organizada encontrariam, os decisores, reflexão sobre a matéria. Ainda assim, se estudados os diplomas orgânicos ao logo dos tempos - sem grande esforço dado o acesso facilitado ao Diário da República - e as pessoas que ocuparam lugares, prefiguram-se algumas ilações. Dito isto, será sempre de admirar quem ainda assim aceite ir, na circunstância, dirigir a DGARTES. Não é de agora, vem de longe. Chegou a haver uma expressão logo que chegava uma nova figura: se aceitou, não serve - mostra que não sabe no que se vem meter. Em pouco tempo se tinha esperanças vai perdê-las, ou desistir. Aconteceu. Na essência, o que se encontra é o que é, em que ficaram/ficam afogados. Aliás, a transformação tem de vir do Poder Político, e depois criar equipa pluridisciplinar e pluri-institucional para a conceção técnica e a sua operacionalização. Como aconteceu nos momentos considerados de referência. A DGARTES precisa mudar mas isso não é da competência do seu Diretor. Pode participar como tantos outros. Neste quadro, olhe-se para estes excertos do que se pode ler no Público:
« (...) Estará a substituição do responsável pela Direcção-Geral das Artes (DGArtes), Américo Rodrigues, na sua lista de prioridades para o sector? O Ministério da Cultura garante que não. "Não há intenção de substituir o actual director-geral das Artes. A ministra da Cultura valoriza todos os directores-gerais com quem está a trabalhar e a desenvolver as políticas públicas para a Cultura, para as quais também contribuem as audiências regulares que tem junto de agentes do sector", garantiu por e-mail o gabinete de Dalila Rodrigues, em resposta a cinco perguntas do PÚBLICO.
No entanto, de acordo com o que o este diário apurou junto de várias fontes, a ministra da Cultura terá sondado pelo menos dois curadores sobre a possibilidade de virem a assumir a direcção da DGArtes — Filipa Oliveira, a directora artística da Casa da Cerca, em Almada, profissional com um extenso currículo de exposições nacionais e internacionais, e Paulo Pires do Vale, também ensaísta e comissário do Plano Nacional das Artes desde 2019. E de ambos terá recebido um “não” como resposta.
Paulo Pires do Vale e Filipa Oliveira não estiveram disponíveis para prestar esclarecimentos. Américo Rodrigues, que está à frente da DGArtes desde 2019, primeiro em regime de substituição e, desde Maio de 2022, numa comissão de serviço cujo prazo de validade termina a Maio de 2027, também não quis falar. (...)».
Pegando na «máxima» atrás referida, tentando fazer humor, porque aqui chegados temos de levar isto com alguma leveza: se não aceitaram, há boas hipóteses de servirem ... Todavia como balanço: ai, este nosso destino, merecíamos mais. Só aquelas palavras «intenção», «audiências» ... E quanto a «políticas publicas» quais são elas, quais são?
Bebendo em discurso recente de Biden, após as eleições nos USA, aos interessados na nossa cultura artística: pela DGARTES que sonhais, levantai-vos!
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