É da vida: os cortes nos apoios às artes são notícia de 1.ª Página mas depois o assunto vai-se esbatendo, embora não deixe de haver notícias. Agora começam a ver-se as consequências. Aqui iremos dando conta do assunto à medida que nos chegar informação. Começamos pela ESCOLA DA NOITE:
«Escola da Noite suspende programação no Teatro da Cerca
Corte nos apoios do Ministério da Cultura é "discriminatório, injusto e irresponsável", diz director da companhia
Margarida Alvarinhas
Um corte de 37% no financiamento do Ministério da Cultura, no concurso de apoio às artes para 2011-2012 motivou a decisão: a Escola da Noite viu-se forçada a suspender a programação externa do Teatro da Cerca de São Bernardo durante o segundo trimestre de 2011. A decisão foi ontem comunicada e significa que apenas se mantêm alguns compromissos já assumidos para o Teatro da Cerca. Tudo o resto que poderia vir a acontecer no âmbito da programação do trimestre está colocado de lado. O corte do Ministério da Cultura, desabafa o director artístico da Escola da Noite, é «discriminatório, injusto e irresponsável». Mais, afirma António Augusto Barros, significa apenas 200 mil euros por ano, sendo a Escola da Noite «a estrutura mais prejudicada» de entre todo o leque de candidaturas apresentadas a concurso. «Trata-se do maior dos vários cortes graves registados entre outras estruturas de criação financiadas pelo Estado, sendo muito superior à percentagem que o ministério anunciou ter de aplicar às estruturas que apoia (23%) e mais de duas vezes acima do corte médio efectivamente registado (17%)», critica o tor artístico da companhia que desde há dois anos é responsável pela gestão do Teatro da Cerca de São Bernardo.
António Augusto Barros explica que a discriminação se sente porque os cortes «não foram aplicados de maneira equitativa pelas várias estrutura de criação com contratos plurianuais com a Direcção-Geral das Artes». Diz mesmo ser «aberrante» que, em situação de crise, «de repente se acrescentem projectos (que conseguiram financiamento) que não se conhece a sua matriz».
Menos em 2011 do que em 1993
(...)».
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