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No terreno, algumas companhias começaram a despedir funcionários, apontam falta de estabilidade para poderem trabalhar e afirmam poderem vir a cancelar produções se o Estado não der uma resposta em breve.
"Não sei mais o que fazer. Nós temos uma série de dívidas", disse ontem ao PÚBLICO a coreógrafa Olga Roriz, explicando que o apoio financeiro quadrienal que a sua companhia tem recebido desde 2010 da DGArtes está contratualizado em cerca de 105 mil euros, aos quais este ano foram reduzidos 25 mil euros.
Com o anúncio de Gabriela Canavilhas, a companhia esperava receber de volta cerca de oito mil euros.
"Não é que oito mil euros seja muito dinheiro, mas, neste momento, são um grande apoio."
A coreógrafa explica que o modelo de gestão e funcionamento dentro da companhia já teve, entretanto, que mudar, passando a recorrer a contratos pontuais. "Já fui obrigada a despedir bailarinos e, neste momento, aqueles que continuam comigo estão à procura de outros trabalhos também", diz Olga Roriz, garantindo que, depois da apresentação do seu novo espectáculo, Pets, de 7 a 9 de Outubro, no Teatro Camões (Lisboa), não haverá mais dinheiro para pagar aos bailarinos. "Já esta produção fui eu que paguei. Todos estes entraves põem em risco a continuidade da companhia, o que é muito triste."
Mas se na companhia de Olga Roriz ainda existem contratos anuais, na Casa Conveniente, da actriz e encenadora Mónica Calle, essa realidade está fora de questão. "Não temos condições financeiras para contratos permanentes", diz, explicando estar também à espera do dinheiro prometido. "É difícil lidar com estas mudanças constantes. Quando as estruturas planificam e preparam um plano de quatro anos, há inevitavelmente um desequilíbrio", explica a actriz e encenadora, que lançou uma campanha no Facebook apelando às pessoas que contribuam com 12 euros para o seu projecto, tornando-se minimecenas.
"Isto não é nenhuma solução mas sim uma tentativa de encontrar ou recuperar uma base financeira que não passe pelo Estado."
Também o bailarino e coreógrafo Francisco Camacho, da EIRA, enfrenta a mesma situação. Sem o reforço económico esperado do Estado, a programação da sua estrutura, assim como os trabalhadores a ela ligados, podem estar ameaçados. "Se a situação se mantiver durante o próximo ano, vou ter que contribuir para o desemprego em Portugal", diz o coreógrafo, lamentando a falta de transparência do Estado». O trabalho completo. do jornal Público.
"Não sei mais o que fazer. Nós temos uma série de dívidas", disse ontem ao PÚBLICO a coreógrafa Olga Roriz, explicando que o apoio financeiro quadrienal que a sua companhia tem recebido desde 2010 da DGArtes está contratualizado em cerca de 105 mil euros, aos quais este ano foram reduzidos 25 mil euros.
Com o anúncio de Gabriela Canavilhas, a companhia esperava receber de volta cerca de oito mil euros.
"Não é que oito mil euros seja muito dinheiro, mas, neste momento, são um grande apoio."
A coreógrafa explica que o modelo de gestão e funcionamento dentro da companhia já teve, entretanto, que mudar, passando a recorrer a contratos pontuais. "Já fui obrigada a despedir bailarinos e, neste momento, aqueles que continuam comigo estão à procura de outros trabalhos também", diz Olga Roriz, garantindo que, depois da apresentação do seu novo espectáculo, Pets, de 7 a 9 de Outubro, no Teatro Camões (Lisboa), não haverá mais dinheiro para pagar aos bailarinos. "Já esta produção fui eu que paguei. Todos estes entraves põem em risco a continuidade da companhia, o que é muito triste."
Mas se na companhia de Olga Roriz ainda existem contratos anuais, na Casa Conveniente, da actriz e encenadora Mónica Calle, essa realidade está fora de questão. "Não temos condições financeiras para contratos permanentes", diz, explicando estar também à espera do dinheiro prometido. "É difícil lidar com estas mudanças constantes. Quando as estruturas planificam e preparam um plano de quatro anos, há inevitavelmente um desequilíbrio", explica a actriz e encenadora, que lançou uma campanha no Facebook apelando às pessoas que contribuam com 12 euros para o seu projecto, tornando-se minimecenas.
"Isto não é nenhuma solução mas sim uma tentativa de encontrar ou recuperar uma base financeira que não passe pelo Estado."
Também o bailarino e coreógrafo Francisco Camacho, da EIRA, enfrenta a mesma situação. Sem o reforço económico esperado do Estado, a programação da sua estrutura, assim como os trabalhadores a ela ligados, podem estar ameaçados. "Se a situação se mantiver durante o próximo ano, vou ter que contribuir para o desemprego em Portugal", diz o coreógrafo, lamentando a falta de transparência do Estado». O trabalho completo. do jornal Público.
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