sábado, 7 de janeiro de 2017

Porquê ?



Na integra aqui

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Primeiro objetivo deste post face aos Avisos das imagens:funcionar como um alerta para alguém que já seja funcionário público e que queira mudar. Todavia, pense duas vezes, informe-se sobre a DGARTES - dê uma vista de olhos pelo Elitário Para Todos, certamente que encontrará «dicas» que lhe dão indicações sobre como as coisas se passam por lá ... As pessoas continuam a sair, e a tentar sair. Assente em informação direta de protagonistas: já houve quem tenha chegado e, passado alguns dias, ido embora. No minimo, sinais a não menosprezar. Mas se ainda assim quiser «mudar de ares», boa sorte. Aliás, o número detrabalhadores é tão baixo que a quantidade, na circunstância, conta - contudo, o número de dirigentes, no modelo seguido, é desproporcional, elevado, e, desde logo, é útil que entrem pessoas, para «fazer número»,  para ajudar a justificar a sua existência. 
Mas este post tem outro propósito: chamar a atenção para os quesitos  fixados nos Avisos. E tudo vai dar ao mesmo: a DGARTES precisa de ser refundada. Ser dirigida por pessoas que tenham visões globais, que saibam das Administrações Públicas no seu conjunto, que consigam cruzar Politicas Públicas, que  percebam que as suas decisões tem de ser fundamentadas. Que respeitem a nossa inteligência. Mas não será ousado dizer: estamos perante avisos «Pós-Verdade». Estamos perante avisos sem passado, não explicados, distantes de realidades. Sem futuro. Digamos, em que as realidades  institucionais, praticadas, técnicas e científicas se transformam em «opiniões». Porquê aquelas coordenadas?
Ilustremos com o que se sublinhou nas imagens acima e detenhamo-nos, por exemplo, nesta passagem:

«1.3 — Ser detentor/a de licenciatura ou grau académico superior em Artes Plásticas, Arquitetura, Dança, Fotografia ou História da Arte, não sendo admitida a possibilidade de substituição do nível habilitacional por formação ou experiência profissional».

Para além do «tom autoritário e definitivo», uma pergunta muito simples: qual o potencial universo a que se destina? Atenção, estamos a visar pessoas que já estão vinculados à função pública. Ainda haverá gerações em atividade, ao serviço das Administrações Públicas,  que quando foram admitidas não havia sequer alguns dos cursos listados nem  graus fixados nos Avisos. E foram essas gerações  que criaram o que o existe. Em particular, foram pessoas dessas gerações que fizeram a DGARTES. Se conseguirmos encontrar algumas delas é de admitir que seriam de grande valor para os serviços. Terão um capital fabuloso. Um dos grandes problemas que as Administrações vivem neste momento decorre da sangria que se verificou nos últimos anos com a saída dos «mais velhos», de forma desregrada, sem terem «passado memória». Mais, alguns dos atuais trabalhadores da DGARTES não passariam no crivo dos Avisos. E uma coisa é certa:  pelos vistos na DGARTES não se precisa de quem saiba de gestão, de planeamento, de sistemas de informação, de sociologia, de ordenamento do território, de documentalistas, de politicas públicas, geografia, relações internacionais,  ... Na Dgartes não entra quem, embora já seja funcionário público, tenha o grau naquelas áreas, a que podiamos juntar direito, economia, matemática, engenharia, história, literatura, informática ..., embora possam saber como ninguém do que a DGARTES precisa.
Lamentamos contrariar os Avisos, mas no século XXI, tão ou mais importante do que a habilitação de partida é a capacidade de aprendizagem ao longo da vida. Ou seja, «a formação ou experiência profissional» contam. Em particular se nos dirigimos a quem ja está nas Administrações Públicas. Mais, o lema possivelmente deveria ser: tenham o grau superior que tiverem, se sabem do que a DGARTES precisa, venham até nós !
Como já alguém disse ao Elitário Para Todos, a DGARTES está a transformar-se num minusculo espaço académico, com as lógicas inerentes aos seminários dos mestrados e doutoramentos. Esquecem-se que esses mecanismos académicos são uma coisa e os dos serviços outra ...
 Por outro lado, num dos avisos fica-se pela licenciatura em área relevante ... quais serão elas? Mas o que se disse atrás, pode estender-se a tudo ...
 Ah!, e aquele «grau académico superior» ..., com ou sem licenciatura ?

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