sábado, 4 de setembro de 2021

NA FESTA DO AVANTE 2021 | ARTES PLÁSTICAS | XXII BIENAL | «no âmbito da Bienal do Avante, vai ser publicado no catálogo um texto original "Arte e precariedade", onde se refere que "a situação criada pela pandemia contribuiu, de certa forma, para que muitos artistas percebessem que não estavam fora da precariedade, criando uma maior união entre os pares e uma maior consciência da situação de enorme fragilidade da condição de ser artista"»

 

Sobre a Bienal no jornal Abril/Abril por Francisco Palma:

«A XXII Bienal de Artes Plásticas da Festa do Avante! realiza-se uma vez mais na Quinta da Atalaia-Amora1, dias 3, 4 e 5 de setembro. A Comissão Executiva da bienal assinala que nesta 22.ª edição da bienal participaram de cerca de «130 artistas e mais de 200 obras, das quais o júri selecionou 90 obras de 66 artistas, nomeadamente desenhos, esculturas, pinturas, instalações e uma conferência/performance entre outras técnicas mistas». A Bienal do Avante «realiza-se desde 1977, com a participação de mais de 2500 artistas, constituindo-se, desde o início, como uma das bienais de artes plásticas mais marcantes em Portugal e de grande referência para toda a dinâmica de bienais de arte, que têm lugar, hoje em dia, por todo o país». Nesta edição chamamos a atenção para, pela primeira vez, a participação de uma conferência/performance, com o título «Depois da Revolução» da artista Ana Cerdeirinha2, sobre «uma comuna fictícia de mulheres no sul de Portugal, formada nos anos anteriores à Revolução dos Cravos de 1974 e que sobrevive até hoje», que será apresentada pela artista no sábado, dia 4 de setembro, pelas 18 horas, no espaço da bienal.

Ainda no âmbito da Bienal do Avante, vai ser publicado no catálogo um texto original «Arte e precariedade», onde se refere que «a situação criada pela pandemia contribuiu, de certa forma, para que muitos artistas percebessem que não estavam fora da precariedade, criando uma maior união entre os pares e uma maior consciência da situação de enorme fragilidade da condição de ser artista». Este texto acrescenta ainda, que «a situação de precariedade, nunca foi muito incomum no campo das artes, nem para a condição do artista das artes visuais, principalmente em Portugal, nem para uma certa generalização de práticas artísticas chamadas de precárias.» O Estatuto dos Profissionais da Área da Cultura já foi aprovado, mas como referem as associações e o CENA-STE ele é insuficiente e não responde «à precariedade e insegurança dos profissionais da área da cultura com medidas capazes de mudar a realidade», não cumprindo assim os seus objetivos. (...)».

Saiba mais no site da Festa.



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