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Talvez a grande questão que se deva começar por colocar seja esta: como avaliar o que está a acontecer na campanha eleitoral em curso na esfera da CULTURA. Olhando para o que está nos Programas Eleitorais; para a maneira como a comunicação social faz a cobertura da matéria (recentemente a palavra usada, a «torto e a direito», é «tema»!...); pelo espaço que se lhe é dado em qualquer das iniciativas dos candidatos; ..., não será ousado concluir isto: não há matriz. Já o temos «denunciado» aqui no Elitário Para Todos. Contudo, o que vai acontecendo deve ser arrolado e os próximos poderes - legislativo e executivo - tê-lo em consideração na sua atividade. Sim, a nosso ver - e podemos fundamentá-lo, o que tentamos continuadamente no Elitário Para Todos - há trabalho a desenvolver no nosso País - por todos - onde se pode integrar o mencionado no artigo com que começamos este post: qual a concepção cultural; e as prioridades.
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Bom, por aqui, nós temos o nosso referencial que vamos aperfeiçoando como nos ensina a prática (a nossa e a dos outros, fazendo benchmarking) e a literatura, e neste quadro continuemos com as nossas reflexões.
Há artigos de opinião que não podem ser ignorados - alguns dos nossos melhores. Por outro lado, os jornalistas - bem sabemos dos problemas que os orgãos da comunicação social atravessam - podiam, ainda assim, ir ao que se passa noutros Países e confrontar, perguntando por que não acontece o mesmo em Portugal. E, por exemplo, em vez de se limitarem a listar o que vem nos Programas ( que propõem muitas vezes apenas para dizerem que não esqueceram o assunto), ir um «bocadinho» mais fundo. Não andarem todos a fazer o mesmo. Justifica-se utilizar a expressão: fazer o que ainda não foi feito. Por exemplo, perguntar (a todos) coisas como estas: se estão de acordo com um SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA e o que entendem por isso; como avaliam a ESTRUTURA DO MINISTÉRIO DA CULTURA e a forma como informa e divulga; sobre o(s) ORÇAMENTO(s), para além do justificado mínimo de 1%, o que pensam como se deve calcular as VERBAS globais e parcelares para as atividades culturais; o que dizem sobre as INDÚSTRIAS CULTURAIS E CRIATIVAS; ... E de facto, há que sistematizar as MEDIDAS IMEDIATAS, há prioridades a tomar sob pena de situações miseráveis continuarem ( e deviam envergonhar-nos, nomeadamente o que resulta dos vencimentos incrivelmente baixos e o que é feito gratuitamente, que levam a dramas pessoais e atrasam drasticamente o nosso desenvolvimento ...). Pensamos que se coisas como estas acontecessem o contributo do processo eleitoral para os RESULTADOS DAS ELEIÇÕES e para a CULTURA COM FUTURO seria outro.
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E para terminarmos por agora,a nosso ver, se intelectualmente honestos, nesta campanha, em linha com a sua prática, teremos que concordar que a CDU tem sido a que integra a CULTURA E AS ARTES na generalidade das suas intervenções dedicando-lhes iniciativas especificas. Uma vez mais, ontem, no ROSSIO, em LISBOA, isso aconteceu, tendo os PROFISSIONAIS sido enaltecidos. Mais, direta e indiretamente, a partir do papel escrito e «de improviso», foi realçado, comparando com outros destinos, que as verbas que vêm para o SETOR são mesmo diminutas ... E o DESENVOLVIMENTO HARMONIOSO assim não é possível ... Ah, estivemos lá, gostámos do que vimos e ouvimos!
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