terça-feira, 15 de outubro de 2024

ORÇAMENTO 2025 PARA O MINISTÉRIO DA CULTURA | não, não é para Portugal | É O PROJETO DE FRANÇA EM FORMATO «DOSSIER DE PRESSE»

 

 
Em França o setor não anda «contente», mas por cá ainda assim podemos aprender com o Ministério da Cultura Francês ...  Em Portugal também já houve ORÇAMENTO PARA A CULTURA que dava gosto ver em termos de conteúdo e de forma. Mesmo que as verbas a fugirem para o  baixo ..., mas sabia-se exatamente para onde iam, a que estratégia e objetivos serviam. E havia a esperança de que o dinheiro ia aumentar, não podia ser diferente... Mais,  tínhamos ministérios que ficavam com «inveja boa» ao olharem para aquela ORÇAMENTAÇÃO POR PROGRAMAS (ou seja ORÇAMENTO BASE-ZERO, sim, sim, é a mesma coisa), havendo  espaço para  a troca de ideias em alegria. E Ministro das Finanças a dar os parabéns e a reconhecer que era assim que todos devíamos fazer - pensando bem,  como vem nos livros, e os melhores praticam. Novas Gerações, reivindiquem memória, exijam educação e formação  em Gestão Pública que  permitam SERVIÇOS PÚBLICOS de qualidade. Que lhes possibilitem fazer a diferença de que precisamos. Recusem o «copy/paste», do que se vem fazendo. Uma pergunta irritante: afinal qual o «processo» a seguir na elaboração do Orçamento do Estado, do Orçamento de cada Ministério, e de cada Organismo, ou equivalentes? Em que escolas  se adquire o conhecimento teórico, e aprende a «fazer, fazer»? A incutir e implementar mudança, que não se deixe afogar «pelo sempre fizemos assim». E qual a estrutura do DOCUMENTO FINAL, para versão «em papel» e na internet?  Ainda, como se coaduna tudo isto com o recomendado na esfera do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL que exige um NOVO NORMAL e dele por exemplo o RELATÓRIO INTEGRADO que começa claro com o planeado (inclui orçamentação necessariamente). Façamos um pequeno inquérito junto dos que são mais próximos ...Encontraremos na «geração mais bem preparada» quem nunca tenha ouvido falar destas coisas ... Mesmo os que à partida deviam ser «os especialistas». Bom, mas também nos dizem (quem tem competência para o dizer) que o ENSINO SUPERIOR TEM DE SER OBJETO TODO ELE DE UMA REVIRAVOLTA. A propósito, alguém ainda se lembra de Bolonha? Obviamente, há uma literacia para todos no âmbito destas matérias. E onde é que nós estamos afinal?, a discutir um Orçamento que nem se conhecia/conhece ...
 

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

«PORQUE FALHAM AS NAÇÕES»| dois dos três laureados com o Prémio Nobel da Economia deste ano estudam o problema|DÃO-NOS BONS PONTOS DE PARTIDA PARA IRMOS À LEITURA DOS NOBELIZADOS E AO DEBATE | E AQUI FICA EM JEITO DE SUGESTÃO DE CONVERSA À ORDEM DOS ECONOMISTAS

 

«Porque são umas nações ricas e outras pobres? Serão os responsáveis a cultura, as condições meteorológicas, a geografia? Ou talvez a ignorância de quais são as políticas certas? Pura e simplesmente, não. Nenhum destes fatores é definitivo ou constitui um destino. Se assim não for, como explicar por que razão o Botsuana se tornou um dos países de crescimento mais rápido do mundo, enquanto outras nações africanas, como o Zimbabué, o Congo e a Serra Leoa, estão atoladas na pobreza e na violência?
Daron Acemoglu e James Robinson mostram, de uma forma conclusiva, que são as instituições políticas e económicas criadas pela humanidade que estão subjacentes ao êxito económico (ou à falta dele). Baseando-se em quinze anos de investigação, reuniram indícios históricos espantosos sobre o Império Romano, as cidades-estado maias, a Veneza medieval, a União Soviética, a América Latina, Inglaterra, Europa, Estados Unidos e África para elaborarem uma nova teoria de economia política com enorme relevância para as grandes questões atuais, nomeadamente:
- A China criou uma máquina de crescimento autoritário. Continuará a crescer a uma velocidade tão elevada que esmagará o Ocidente?
- Os melhores dias da América pertencerão já ao passado? Estaremos a passar de um círculo virtuoso, em que o esforço das elites para iluminar o poder são alvo de resistência para outro círculo vicioso, que enriquece e dá poder a uma pequena minoria?
- Qual é a forma mais eficaz de ajudar a transferir milhões de pessoas da rotina da pobreza para a prosperidade? Residirá em mais filantropia por parte das nações ricas do Ocidente?»Saiba mais.
 
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Leia aqui:

Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson são Prémio Nobel de Economia 2024

 

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Ainda sobre o livro acima o que disse Jared Diamond, Prémio Pulitzer, e escrito na contracapa: «tal como eu poderá lê-lo de uma vez só e, depois, poderá voltar a ele, uma e outra vez». É verdade, por aqui aconteceu/acontece o mesmo...Olá, Ordem dos Economistas, que tal umas conversas a propósito! Até se podia lançar um ciclo do tipo «UM LIVRO, UMA CONVERSA». Bom, mas conheçamos melhor os laureados:

 A síntese do que os une:«The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 2024 was awarded jointly to Daron Acemoglu, Simon Johnson and James A. Robinson "for studies of how institutions are formed and affect prosperity".

 



«Reimagining museums»

 

 
 

«Are museums outdated? Have screens made them old-fashioned? Quite the opposite. The number of museums has risen from 22,000 in 1975 to nearly 100,000 today. Blockbuster exhibitions are almost always full and the major museums continue to break visitor records every year. 

The Louvre in Paris tops the list, with no fewer than 8.8 million visitors in 2023, followed by the Vatican, the British Museum, the Metropolitan Museum of Art in New York and the National Museum of the Republic of Korea, according to data collected by The Art Newspaper. And more and more cities want to make the most of the influence conferred by these prestigious venues. 

It has to be said that in the space of just a few decades, museums have undergone a profound transformation. Originally created to present princely and royal collections in Renaissance Europe to a privileged few, museums have since become much more democratic. Fine art and history have long since ceased to be their only fields of expertise. To attract new audiences, museums have not hesitated to convert to digital technologies, sometimes radically transforming the visitor experience.

And even if heated arguments remain about the return of objects acquired during the colonial period, museums have adapted to reflect the concerns of the time, increasingly opening their exhibitions to women artists and revising their curatorial approach in the light of current debates, and the demands of indigenous populations. 

In 2024, going to a museum is still a special, widely appreciated experience. There’s nothing quite like it». Saiba mais.

 

 

«um mural feito por milhares de mãos para celebrar as conquistas de Abril e pedir para se concretizar os princípios da Constituição»

 

 

«25 Abril: PCP inaugura mural pintado a mil mãos para celebrar Abril e enaltecer Constituição

 Leia na integra na plataforma SAPO

 

 

 

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

OS INTERVENIENTES QUE NOS PERDOEM | mas é fundamental clarear o que tem sido publicado na esfera do «planeamento» ... | É ISSO ANDA TODA A GENTE ABSORVIDA COM O «ORÇAMENTO» (OU NEM ISSO, ANTES NUMA MADORNA EXASPERANTE) NEGLIGENCIANDO-SE O RESTO!

 

 
 

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Desde logo, alô, Comunicação Social, há vida para lá das «linhas vermelhas» do Orçamento do Estado. Mas já que estamos com orçamentos até podem perguntar qual o impacto dos diplomas acima no dito. E também, quem sabe, faz sentido perguntar como estamos de «orçamentação por programas», para todo o orçamento, lembrando-se que há muito «os pilotos» já foram. Devia neste século XXI, nomeadamente em defesa da transparência, contra a corrupção, ser o normal, e nunca entendido como um efeito secundário de um qualquer modelo contabilístico. Afinal, prevista na nossa Constituição, determinada na Lei do Enquadramento Orçamental.  Mas, vamos ao nuclear deste post: a essência daquela legislação tem de ser esmiuçada. A nosso ver, no todo, e quase cada linha e palavra. Naturalmente, temos de perguntar à ACADEMIA (intuímos que vai ser difícil encontrar especialistas em GESTÃO PÚBLICA - «gestão», sim senhor, das ADMINISTRAÇÕES). E temos de ir às ORDENS das profissões listadas -  vejamos o que aparece:  «Doutores, mestres ou licenciados nas áreas do planeamento, das políticas públicas, da ciência jurídica, da Administração Pública, das ciências sociais, da comunicação, da geografia, da economia, da gestão, das finanças, da econometria, das matemáticas aplicadas, da estatística, da engenharia, da informática, das tecnologias de informação, ou de qualquer outra área relevante para o exercício do cargo, com experiência profissional e perfil adequado para a condução de atividades ou projetos no âmbito das atividades do PLANAPP». Por acaso aprende-se (eventualmente já não se ensina) que não devemos cair nesta ratoeira de listar, listar, tipo rol de mercearia, mas adiante,  por agora.
Obviamente, a ORDEM DOS ECONOMISTAS à cabeça tem de ser indagada até porque esta comunicação do seu Bastonário ... E pronto, aqui ficamos à espera. Levantados!, porque a matéria merece. 
 

NO JL |JOSÉ MANUEL CASTANHEIRA ESCREVE SOBRE ROGÉRIO DE CARVALHO | e é um pedaço enorme de cultura e arte que o nosso País foi e é ... | NÃO PERCA ! ESTA MEMÓRIA QUE É ALIMENTO PARA O PENSAMENTO E PARA AÇÃO

 



quarta-feira, 9 de outubro de 2024

HÁ ARTIGOS DE OPINIÃO DE QUE ESTAMOS SEMPRE À ESPERA | É O CASO DOS DE LUÍS RAPOSO | UMA VEZ MAIS A NÃO PERDER |«Novos museus em Lisboa: dita e desdita»

 

 
Mais estes excertos:
«(...)
Falemos agora do CAM. Passada a fase inicial, do foguetório provinciano e fátuo, quando as palas arquitectónicas parecem ter pousado nos olhos de quem as vê, a verdade é que caímos em nós e perguntamo-nos: onde está a componente de museu do CAM? Onde estão as colecções essenciais, recheadas de obras-primas? Em reservas visitáveis, dizem-nos, com angelical candura (ou será cinismo?). Mas não perceberá quem assim diz como está a trair a própria instituição em que o CAM se insere?
É certo que existe no mundo dos museus, e muito especialmente nos de arte contemporânea, uma deriva no sentido do “curador-estrela” (depois de se ter antes instalado o “arquitecto-estrela”), alguém que se julga superiormente dotado e ungido da missão de produzir narrativas originais, excêntricas se possível, capazes de mostrar aos outros a luz, retirando-os das trevas. O próprio termo o sugere, porque em português “curador” (com origem latina e não anglo-saxónica…) apenas era usado até há poucos anos no contexto do Direito, para designar a tutela exercida sobre menores ou incapazes. Pois importa esclarecer que os visitantes não são mentecaptos e, sim, querem ver as colecções essenciais de cada museu, talvez com novos olhares no caso de exposições temporárias (devendo estas preferencialmente decorrer dos acervos próprios e não da promoção de amigos ou “bestiais” da moda), e também em galerias de longa duração, galerias onde a intervenção do mediador do museu (conservador, mais do que “curador”) seja discreta e não se assemelhe à de escuteiro finório, sempre pronto a obrigar a atravessar a rua, mesmo a quem não queira.
Tudo o que não vemos de respeito pela instituição e de serviço público no CAM, encontramo-lo na nova galeria de longa duração do núcleo-sede do Museu de Lisboa. Confesso que tinha algum receio de que assim não fosse, porque a remodelação de museus e exposições antigas deixa-me demasiadas vezes um sentimento mais acre do que doce, dado que se traduz pela solução de facilidade do costume: reduzir drasticamente o número de peças em exposição e dar rédea solta aos ambientes gráficos suposta ou efectivamente impactantes. Aqui, não: mantêm-se em exposição algumas centenas de peças, criteriosamente seleccionadas, e somaram-se, além disso, novos conteúdos, transportando a narrativa até ao presente e mesmo até à prefiguração do futuro próximo. Acresce uma museografia muito elegante, serena, convidativa da aprendizagem. O visitante, ali, aprende por si próprio, mais do que por imposição do espírito iluminado de "curadores" o qual, no entanto, é preciso e está lá, mas discretamente, como deve ser.
Dito isto, será que está tudo bem nos museus da CML? Não, de todo, nem nos da EGEAC, agora Lisboa Cultura, nem muito menos no recém-reaberto Mude, que constitui uma quase excentricidade, ao jeito da Casa Ásia da SCML (até a colecção tem em grande parte origem no mesmo coleccionador… isto sem falar no político que mais fez por ambos) e que tem a singularidade pacóvia de estar sob tutela directa do presidente da CML. Tanto na imoderada dimensão física (maior do que todos os outros museus de Lisboa, mesmo os nacionais), como no peso orçamental, desde a aquisição do espaço e da colecção inicial, passando por obras, avenças e cargos de chefia sem concurso, todos de anos, já décadas, até aos milhões de euros de orçamento corrente, tudo ali deixa no ar o odor terceiro-mundista da jóia do regime em país de miséria: uma espécie de "elefante" tão exótico como o que o poder real trouxe para a Lisboa no século XVI. (...)».



terça-feira, 8 de outubro de 2024

CARTA ABERTA |«Os produtores de cinema e audiovisual estão a caminho da insolvência»

 

 

Excerto:«Exma. senhora ministra da Cultura, Exmo. senhor ministro da Economia, e Exmo. senhor ministro das Finanças, |||(...)Este ano, a situação agravou-se. Os beneficiários de projetos apoiados (2022 e 2023) ainda aguardam que lhes seja pago o que é contratualmente devido e os com projetos apoiados na primeira chamada de 2024 esperam desde 14 de agosto a assinatura dos respetivos contratos. Como resultado, temos os seguintes problemas: produtoras com filmagens em curso, ou finalizadas, endividam-se junto da banca para resolver problemas de tesouraria, falham sistematicamente os prazos de amortização dos empréstimos e, em consequência, recorrem a vias de prolongamento do crédito, assumindo a sobrecarga de custos financeiros e pondo em risco a sua sustentabilidade financeira. Outras, com projetos apoiados, adiam filmagens, sem saber quando as irão retomar.

 Não se resolvendo este problema rapidamente, centenas de postos de trabalho vão ficar em risco.

A agravar, como grande parte dos projetos beneficiários são realizados em regime de coprodução internacional ou em sistema de service para grandes produtoras estrangeiras, a falta dos pagamentos às empresas nacionais e a imprevisibilidade sobre quando vão ocorrer levanta problemas de credibilidade junto dos seus parceiros internacionais. À pergunta sobre quando vai ficar resolvida a situação, a resposta é invariavelmente: “Não sabemos.” Portugal já é piada no mercado internacional.
Sem perspetiva de solução, no dia 23 de outubro fecha o prazo de candidatura da segunda chamada, no valor de 7 milhões de euros.
Exposto isto, vão V. Exas. aguardar que as produtoras de cinema e audiovisual entrem em processo de insolvência, com a consequente perda de empregos, ou vão resolver a situação, fazendo cumprir os contratos, efetuar rapidamente os pagamentos e avançar para a contratualização dos novos projetos apoiados pelo incentivo da primeira chamada deste ano? (...)».


segunda-feira, 7 de outubro de 2024

RESPIREMOS FUNDO | e avancemos na floresta UE para compreendermos o universo «cultura», melhor, as «ICCs», ou talvez seja ...

 

Começa assim o Sumário Executivo:
 
«New European Bauhaus (NEB) is a creative and transdisciplinary initiative of the European Commission that aims to promote aesthetics, sustainability, and inclusiveness in the built environment and beyond. In line with the groundbreaking ideas of the original Bauhaus, the goal is the creation of sustainable, inclusive and beautiful living environments by integrating design, culture, art, science and technology. (...)».
 
 

VOLTEMOS ÀS ICCs | olhemos com mais pormenor para a entrevista que o Presidente da AEP deu ao «O Jornal Económico»

 

| 3 Outubro 2024, 07h30

Leia na integra aqui

 

Excertos: «Não é novo dizer que a promoção e dinamização das Indústrias Culturais e Criativas (ICC) passa, forçosamente, por uma abordagem multidimensional, que inclua políticas públicas, investimento em infraestruturas, apoio ao empreendedorismo criativo e fomento à inovação. No caso das políticas públicas, ter uma legislação favorável em prol da criação e exportação de produtos culturais e criativos, e incentivos como sejam mecanismos de dedução fiscal e fundos específicos para o setor, é fundamental para que as ICC possam singrar e contribuir não apenas para a economia, mas também para a identidade cultural, a inovação e a coesão social. (...).
Ainda a nível europeu, “a Comissão Europeia aprovou o programa de trabalho do Europa Criativa para 2025, com um orçamento próximo dos 340 milhões de euros”, estruturado e torno de quatro prioridades gerais: apoiar a transição digital do setor, através de ferramentas como a IA; promover a contribuição do Europa Criativa para a sustentabilidade ambiental e o Pacto Verde Europeu; promover a inclusão e igualdade de género no setor; reforçar a dimensão cultural das relações externas da UE, com especial apoio à Ucrânia. (...)
 O Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia divulgou em janeiro um estudo intitulado “Caracterização do Ecossistema Industrial das Indústrias Culturais e Criativas”, no qual conclui que, em Portugal, as ICC representavam 11,4% do VAB da Economia Nacional – setor que cresceu em média 2% ao ano, entre 2010 e 2021 –, 21,2% do emprego (em 2021) e 1,3% das exportações totais (em 2022).
Partindo destes dados, Luís Miguel Ribeiro destaca que “o desenvolvimento económico e social das sociedades cada vez mais incorpora as dimensões culturais e criativas, ampliando a visão de cultura para incluir estilos de vida, sistemas de valores, tradições, natureza das instituições, modelos empresariais, especialização produtiva e profissional e modelos de consumo, onde a educação e o conhecimento desempenham um papel cada vez mais importante”. “Por uma parte significativa das empresas deste ecossistema incidirem na fase da criação e desenvolvimento de produtos, o contributo das ICC para a inovação dos setores do próprio ecossistema e de outros setores é exponenciada, indo ao encontro do principal objetivo de um Cluster de Competitividade”. Isto é, ‘atingir níveis superiores de capacidade competitiva com impacto a nível da economia nacional’, “tal como consta no Regulamento de Reconhecimto dos Clusters de Competitividade com impacto nacional de dia 31 de janeiro de 2024”. Dentre as medidas já delineadas, o responsável destaca ao JE que a prioridade passa por envolver todos os agentes económicos, estabelecer massa crítica no setor, implementar boas práticas, fomentar a inovação, apoiar o empreendedorismo, capacitar produtores e consumidores, aumentar a notoriedade, estimular o consumo cultural e criativo, e, paralelamente, aumentar o peso do setor no PIB nacional e apostar na internacionalização e numa visão de longo prazo.
 A digitalização das indústrias criativas também abre novas oportunidades de negócios e formatos de consumo. O streaming de música e filmes, plataformas de e-commerce para arte e moda, e-books, entre outros, são exemplos de como o digital é relevante na forma como os produtos criativos são distribuídos e consumidos. O setor das ICC é, também, impulsionador da inovação, quer no desenvolvimento de novos produtos e serviços, quer na criação de novas formas de interação social. Podem ainda ajudar a revitalizar áreas urbanas e rurais, através da criação de hubs criativos, centros culturais e espaços colaborativos com poder transformador para as comunidades e economias locais. (...)».
 
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Impõe-se: perguntar ao Ministério da Cultura o que tem a dizer sobre tudo isto.

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Impõe-se: assinalar o estudo a que se refere o Presidente da AEP e reparar que lá é dito que responsabiliza os autores - lê-se :«Este artigo é de responsabilidade exclusiva dos autores e não reflete necessariamente as posições do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e do Mar» -  aproveitando-se para pedir que se façam estudos que manifestem a postura institucional. Dada a escassez, é de louvar qualquer trabalho que apareça, mas  quem acompanhe a vida cultural do País em contexto internacional, no aqui em questão detetará as insuficiências que o atravessam. Bastava lembrar as manifestações havidas quando foi publicado estudo que se poderia dizer organiza o que agora é disponibilizado no Ministério da Economia mas que pelos vistos não o compromete. Por exemplo, em torno disto: «se tudo é cultura, nada é cultura»; «onde está o serviço público de cultura?»; «estudos ocasionais não substituem os sistemas de informação sobre cultura e artes que não temos»; ... Ah, e talvez seja de procurar melhor como germinou a CONTA SATÉLITE DA CULTURA mas que pelo que nos é dado observar ganha em ser reinventada - o problema é sempre o mesmo, faltam dados e informação organizados à altura, e isso mesmo tem sido afirmado em acontecimentos públicos.

 

Disponível aqui

 

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Dito o que acabou de se registar, como o diz o historial do blogue ELITÁRIO PARA TODOS, obviamente que  é com satisfação que se olha o espaço que está a ser dado às INDÚSTRIAS CULTURAIS E CRIATIVAS até porque isso, a nosso ver, favorece a intervenção no SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA - «a menina dos nossos olhos» - e sem ele as ICC estarão sempre amputadas.
 
e ...«Googlemos»: