«Neste livro, com coordenação de Violante Saramago Matos, 50 mulheres partilham com os leitores a forma como viveram a revolução de Abril, com os seus testemunhos enquadrados num passado em que não conseguiam fazer ouvir a sua voz». Tirado daqui. As mulheres:
Dos testemunhos olhemos para o de LISA SANTOS SILVA a que se teve acesso privilegiado. Afinal, como já se tem dito no Elitário Para Todos, gente cá da casa fez parte daquela FESTA que partilha. Excertos:
Assinalemos o que já se tem referido
noutras ocasiões, embora o preâmbulo não o diga, o publicado foi o deixado pelo
Governo de Pintasilgo. Nem precisa de se ser especialista para se
perceber que em tão pouco tempo fosse possível equacionar o que se fixa no
diploma. Mais, também no curto tempo do Governo da Engenheira o produzido só
foi conseguido porque nele estiveram os funcionários que não tinham parado de
pensar, e ao mesmo tempo ir praticando, o que se tinha iniciado com «o 25 de
Abril» tão bem retratado por Lisa Santos Silva. Ainda, há quem tenha caixas com os rascunhos daquilo tudo ... E quem só tenha conseguido licença para cooperação em África um ano depois para que pudesse continuar a «reestruturação» que tinha coordenado no V Governo - dirigido por uma mulher! -, ou seja, no Ministério do Professor Adérito Sedas Nunes com o Professor Helder Macedo como Secretário de Estado da Cultura. Para quem queira ver «mais fino», olhem-se as datas:
Tantos aspetos que podiam ser assinalados a partir daqueles diplomas, e alguns, na nossa leitura, com utilidade para os dias que correm. Por agora, apenas: a importância dada ao planeamento; a inovação nas carreiras e ao mesmo tempo a resolução dos problemas (tão diversos) das pessoas que incluía, por exemplo, a situação de designados por «retornados» que estavam no quadro dos «adidos»; e aquela das carreiras técnicas com base no currículo (e aqui até teve de se convencer os sindicatos da justeza da solução), fixada assim:
................. e podíamos ficar aqui a «contar coisas» eternamente ...
De repente lembramos que a rapidez do VI Governo Constitucional na publicação da legislação acima mostrada deve-se em larga medida à atividade sindical: sabendo que os diplomas estavam preparados exigiu que vissem a «luz do dia». Ainda recentemente se tropeçou num Comunicado a reivindicar isso mesmo ... Revisitar o passado na Secretaria de Estado da Cultura/Ministério da Cultura também tem coisas boas ...
Ainda, já que nos lembrámos, os coordenadores (assim lhes chamávamos, às vezes «responsáveis») dos Departamentos referidos pela Lisa Santos Silva não ganhavam mais por isso ... E nunca a orgânica funcionou de forma tão profissional e harmoniosa ... A força da paixão e da motivação em todo o esplendor!
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E terminemos com um quadro da Lisa de que muito gostamos:
e com os livros recentes, agora que «virou escritora de ficção», mas a sua vivência no aparelho estatal da cultura em Portugal parece-nos estar por lá:
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