sábado, 30 de julho de 2016

TALVEZ LHE INTERESSE | Abriu concurso para apoio à internacionalização através da dgartes | CANDIDATURAS ATÉ 31 DE AGOSTO 2016


Veja na integra aqui.


Pessoas do Elitário Para Todos estiveram na Audição Pública a que nos referimos neste post e é quase automático olhar para o aviso da imagem à luz do que lá se adiantou. Ilustração:

  •   O prazo para as candidaturas decorre durante o mês de férias. De facto, como se pode ler no aviso:


«ii) A submissão do formulário,
 que consubstancia a apresentação
 da candidatura, deverá ser efetuada até às
 17h00 do dia 31 de agosto de 2016».



«Bingo»! Disseram lá que também costuma acontecer pelo Natal.

  • Vamos às verbas:
« Montante financeiro global 
disponível: 400.000,00 € (quatrocentos mil euros)».
e o   Número máximo de candidaturas
 a apoiar: 45 (quarenta e cinco)

 Vá lá, ensaie as médias que entender, e compreenderá o desespero que atravessa os agentes culturais no terreno, e a falta de escala mínima com que a cultura e as artes está a ser tratada por este Governo. O «1% para a Cultura» não é algo exótico que alguns lhes deu para avivar. Não, é uma recomendação fundamentada de organismos internacionais, por exemplo, da UNESCO. E levada a sério pelos mais desenvolvidos, nomeadamente na Europa de que fazemos parte. E os apoios às artes não são apoios aos «subsidio-dependentes», são, como muitos argumentam, financiamento aos bilhetes porque se não fossem os apoios os cidadãos não tinham disponibilidade financeira para acederem aos espectáculos e afins. A lógica é a mesma de qualquer serviço público, como por exemplo na saúde ...
  •     E olhemos para a apreciação




Acrescentemos-lhe os critérios densificados: procuramos, certamente mal, não encontramos, o que se conseguiu:


Visto a 30 de julho de 2016

Ou seja, andamos em circuito fechado ....

Bom, mas vamos ao que interessa: na audição mostrou-se que ninguém entende os critérios, como são identificados e fundamentados, os indicadores que os revelam, a metodologia de aplicação, etc.etc. ... Mas sobre isto já todos sabemos através da contestação que tem marcado os últimos tempos, mas que parece continua a não ser ouvida por quem devia ...

  • Ainda,  e bem revelador do que ao que se chegou,  e partindo do que se pode ler  no aviso:


« M) Pedido e prestação de esclarecimentos:
i) No sentido de informar e apoiar os candidatos na instrução das suas candidaturas, 
a Direção -Geral das Artes disponibiliza um pacote informativo
 designado Manual do Candidato, que pode ser consultado em www.dgartes.gov.pt;

 ii) Esta Direção -Geral assegura a prestação de esclarecimentos relativos à boa compreensão e interpretação dos elementos expostos até ao dia 23 de agosto de 2016, 
através de pedido formulado por escrito para candidaturas@dgartes.pt ou
 por contacto telefónico através da Linha de Apoio
 ao candidato: 210102540 (entre as 10h00 e as 13h00, nos dias úteis)».

Ora, lá, na Audição,  as reclamações quanto a agilidade dos processos foi o que todos que seguem estas coisas adivinham: o que se passa é intolerável. Desde a famosa PLATAFORMA ELECTRÓNICA, até ao telefone que ninguém atende, chegando aos e-mails que levam eternidades a serem respondidos. Chegou a ouvir-se isto, como medida urgente: contratar uma telefonista.

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Por fim, por agora,  a grande sobra é esta,como também tão claramente se pode concluir do que foi dito na Audição Pública referida:
- Está-se num momento que ninguém há uns tempos antevia para a cultura e as artes, a  de sobrevivência. Muitos já desistiram e não voltam ...
- Quanto ao sistema de apoios, está esgotado, não serve, obsoleto, ... os termos podem ser diversos mas todos vão na mesma direção: há que conceber um novo sistema de apoios, e com urgência anunciar o que vai acontecer para o próximo ano de 2017. Quanto a verbas, no mínimo, retomar  os montantes à data dos primeiros cortes. Em paralelo, reinventar a Dgartes. Há quem já não se candidate aos apoios enquanto a situação que se vive continuar ...

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Estranhamente, do meio ouve-se que ninguém está a falar com eles - que pelo menos isso não acontecia com  os anteriores Gabinetes da Cultura. Alguém, com ironia adianta: FALA COM A A PLATAFORMA O QUE É QUE QUERES MAIS ! Que não nos falta o humor.