sábado, 13 de junho de 2020

E SE EM VEZ DE «PEES» TIVESSEMOS «PEESC» ? | com «C» de Cultura



pode ver também, por exemplo,



O comum das pessoas devia perceber os documentos centrais que nos guiam enquanto comunidade. Mas  estamos em crer que serão muitas as pessoas que se perdem na floresta por eles gerada. Recentemente temos o PEES -  Programa de Estabilização Económica e Social, onde a Cultura também está contemplada mas por lá diluida. Ora, tendo em conta os novos paradigmas e a busca de um «novo normal» que muito enche a boca de tantos de nós, e, em especial, «dos políticos», não seria desajustado que o PEES  se transformasse em PEESC, sendo o «C» de Cultura. Parece um pormenor mas, a nosso ver, não é. Seria bem revelador da importância da Cultura, de forma tão limpida mostrada no 10 de junho pelo Presidente das Comemorações no desenvolvimento harmonios da sociedade. Seria uma maneira de mostrar o papel que lhe é dado no DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL onde à equação inicial - AMBIENTE, ECONOMIA, SOCIAL - se veio  juntar de forma progressiva GOVERNAÇÃO e CULTURA. Mostraria uma nova abordagem conceptual. 
Mas o que nos é dado ler:  «o Programa de Estabilização Económica e Social, com um horizonte temporal até ao fim de 2020, que assenta em quatro eixos: um primeiro eixo incidente sobre temas de cariz social e apoios ao rendimento das pessoas, sobretudo aquelas que foram mais afetadas pelas consequências económicas da pandemia; um segundo eixo relacionado com a manutenção do emprego e a retoma progressiva da atividade económica; um terceiro eixo centrado no apoio às empresas; e, por um fim, um eixo de matriz institucional». Dificil entender identidade, à partida. E para sabermos da Cultura tivemos que ir a todos. (Antes ainda fomos ao site https://www.culturacovid19.gov.pt/, mas nada. Aquilo é uma pobreza, também reveladora da capacidade do inexistente «Ministério da Cultura»). E antes levados pelo titulo «Linha de apoio social a trabalhadores da Cultura com 34,3 milhões de euros» fomos aos «temas» de cariz social, mas afinal seria no «tema» manutenção de emprego que encontámos a Cultura, e é de lá a imagem com que começamos este post.
Olhamos para aquilo, que é perturbador, e interrogamo-nos: foi preciso a COVID 19 para o Governo se aperceber daquelas fragilidades? Senhor Primeiro Ministro, como já terá percebido na Cultura estamos ainda, infelizmente, numa fase de «quantidade», reveladora de subdesenvolvimento nestes dominios, e portanto tudo «o que vier à rede é peixe», mas pegando em palavras recentes institucionais, e dos nossos melhores da cultura, das artes, do pensamento,  temos que nos deixar de «remendar» e construir um sector da cultura e das artes com futuro - quantidade com qualidade. Começando por conhecer as RAIZES em que deve assentar - e assim voltamos ao discurso inspirador de Tolentino Mendonça no 10 de junho.



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