«Se é verdade, como escreveu [o filósofo] Wittgenstein, que os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo, Camões desconfinou Portugal. A quem tivesse dúvidas sobre o papel central da Cultura, das artes ou do pensamento na construção de um país, bastaria recordar isso. Camões desconfinou Portugal no século XVI e continua a ser, para a nossa época, um preclaro mestre da arte do desconfinamento, porque desconfinar não é simplesmente voltar a ocupar um espaço, mas é poder, sim, habitá-lo plenamente, poder modelá-lo de forma criativa, com forças e intensidades novas, sentir-se protagonista de um projeto mais amplo e em construção que a todos diz respeito. Desconfinar é não se conformar com os limites da linguagem, das ideias, dos modelos e do próprio tempo». Tolentino Mendonça.
quarta-feira, 10 de junho de 2020
NO 10 DE JUNHO 2020 | «o papel central da Cultura, das artes ou do pensamento na construção de um país» | PELA VOZ DE TOLENTINO MENDONÇA
«Se é verdade, como escreveu [o filósofo] Wittgenstein, que os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo, Camões desconfinou Portugal. A quem tivesse dúvidas sobre o papel central da Cultura, das artes ou do pensamento na construção de um país, bastaria recordar isso. Camões desconfinou Portugal no século XVI e continua a ser, para a nossa época, um preclaro mestre da arte do desconfinamento, porque desconfinar não é simplesmente voltar a ocupar um espaço, mas é poder, sim, habitá-lo plenamente, poder modelá-lo de forma criativa, com forças e intensidades novas, sentir-se protagonista de um projeto mais amplo e em construção que a todos diz respeito. Desconfinar é não se conformar com os limites da linguagem, das ideias, dos modelos e do próprio tempo». Tolentino Mendonça.
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