quinta-feira, 4 de junho de 2020

« (...)A vida das pessoas senhora Ministra, onde é que está a vida das pessoas no meio disto tudo? (...)»



Excerto:
«(...)
Veio a repetição de promessas de mais financiamento, promessas que a cada ano que passa não se cumprem, veio o piscar de olhos da velha teoria de que a cultura tem valor se for lucrativa.
Sabendo da situação dramática em que vivem os trabalhadores a Ministra resolveu informar que na próxima semana, juntamente com a Ministra do Trabalho, teria uma reunião com o Cena-STE e outras estruturas integrantes de um grupo de trabalho para discutir questões laborais. Cumpre-nos aqui informar que ao sindicato não chegou nenhuma convocatória para qualquer reunião na próxima semana, que aguarda ainda uma resposta ao pedido de reunião feito à Ministra do Trabalho há dois meses e que convocatórias para reuniões através dos meios de comunicação social são reveladoras da postura do Governo e da sua ausência de respostas e medidas.
No mesmo período em que o Governo que a Senhora Ministra representa distribuiu 15 milhões aos grandes grupos económicos da Comunicação Social e 850 milhões ao fundo especulador que detém o Novo Banco, deixando à cultura uma migalha 500 vezes mais pequena, em que se reabrem salas de espectáculos mas em que fica clara a razão - explica-se na alínea que diz que quem recebe apoio extraordinário da Segurança Social se compromete a começar a trabalhar em 8 dias para que até o fraco apoio aos trabalhadores termine - em que uma grande parte do sector sobrevive com grandes dificuldades e em que os apoios do governo são escassos, ao assistir ao programa a pergunta que se impõe é: A vida das pessoas senhora Ministra, onde é que está a vida das pessoas no meio disto tudo?
Este programa televisivo reflecte o que vimos afirmando: existe uma diferença entre a “cultura” que este Governo quer e a realidade do sector. (...)».
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