Veja a Programação
E se puder não perca esta entrevista no Público:
Excerto:
«Augusto M. Seabra Um dos mais influentes críticos e programadores do pós-25 de Abril passa-nos a sua memória e a sua história através de 21 Filmes, num ciclo que coincide com a doação do seu espólio documental a instituições públicas
(...) Quando surgiu a hipótese
desta Carta Branca, que limites
tinha ou que limites se impôs?
O que quis escolher?
São filmes muito diversos. Em
termos genéricos, são
subordinados à ideia de
descoberta de autores e de
cinematografias. Correspondem
muito às minhas memórias de
descoberta: tenho histórias
relacionadas com quase todos
estes fillmes. Quando comecei a
elaborar a lista, ficou nos 27 filmes, salvo erro, e era preciso
escolher um máximo de 20 [são
na realidade 21], o que já é
bastante para uma Carta Branca.
Houve um trabalho de selecção,
por diversos critérios: ou porque
as cópias eram difíceis de obter
ou porque os Fillmes tinham
passado há pouco na Cinemateca. (...)»
******************
Esta iniciativa da Cinemateca é daquelas coisas que enchem: reconhecer e homenagear a actividade de AMS tem grandeza. O texto acima mostra a justeza do acto. E muitos serão os que reconhecem o quanto aprenderam com o homenageado. Por aqui no Elitário Para Todos há desses. E este ciclo da Cinemateca dá-lhe continuidade ... Em particular, bom seria que as INSTITUIÇÕES não esquecessemo legado que decorre disto que nos é dado ler: «Last but not the least, impõe-se lembrar que, enquanto crítico, Augusto Seabra foi para além do horizonte mais habitual desta prática. Com frequência, os seus textos ultrapassaram em muito o domínio estrito da análise de obras ou espetáculos, transformando-se em reflexões continuadas sobre o papel das instituições e da política cultural no nosso país. A esse outro nível, a sua intervenção foi mais uma vez feita de conhecimento, memória, ponto de vista, e, o que não é nada despiciendo, raro espírito de independência, nunca poupando a priori quaisquer entidades, grupos ou instituições – disso não se excluindo esta casa, que, repete-se, com toda a justiça o homenageia.(...).
Estamos gratos.
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