É verdade, a ADMINISTRAÇÃO CENTRAL, pelos lados da Cultura, parece querer provar que não há nada melhor que a GESTÃO LEGALISTA, e ultimamente é ver diplomas a jorrar no Diário da República, e com esse pendor - uma pormenorização de processos, procedimentos, tarefas ... Tudo regulamentado, qual «plano quinquenal» ... que certamente criticarão, sem se aperceberem do quanto contribuiu para o desenvolvimento da planificação/planemamento a nível mundial. Mas, senhores e senhoras, estamos no século XXI! Bom, chegou a vez do MECENATO CULTURAL ao Diário da República - veja as imagens iniciais. Lembrar que não haverá Governante da Cultura que se preze que não fale do Mecenato ... Esperando milagres! Por aqui lemos os Despachos e não percebemos verdadeiramente quais as mudanças - estratégicas certamente que não serão - pois o que sobressai são procedimentos, e o retomar de algo que em tempos tinha sido abandonado - as organizações com fins lucrativos a poder serem beneficiadas...(e qual terá sido o real fundamento?). Certamente culpa nossa não atingimos o cerne, e vamos voltar a ler e a estudar o assunto. Mas há coisas que já nos parecem certas:aqui e agora, em pleno século XXI, a «Cultura» do Governo do socialista António Costa olha para o Mecenato centrada nos Beneficios Fiscais, (já agora poderão dizer quanto é que o Estado deixa de receber por esse facto, e quanto é que a cultura beneficiou, tipo deve/haver?), quando poderia assentar, por exemplo, na apologia da Cultura no Desenvolvimento Sustentável, paradigma que as organizações e em particular as do mundo dos negócios - as empresas - devem seguir, e as melhores já adotaram. É ver Relatórios e Contas que o mostram e algumas de maneira bem atrativa.
Claro, tem de se pegar nestas abordagens com suporte e não de maneira panfletária.
Para continuarmos esta conversa: fique claro que em momento algum defendemos que o MECENATO substitua o que no ORÇAMENTO DO ESTADO deve ficar consignado ao SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA. Dito isto, nada contra o Mecenato, e, sim, deve ter um outro élan. Mas para isso, à atenção do Senhor Primeiro Ministro (já não vale a pena dirigirmo-nos à Senhora Ministra da Cultura), e a coisa também só resultará se for apropriada por todo o Governo, e ... pela Sociedade, e em especial pelo mundo empresarial ... E, então para isso, Senhor Primeiro Ministro, algumas sugestões:
- Olhe para o que se passa «lá fora», por exemplo, em França. Veja a solução organizativa que encontraram - verdadeira missão. Cá continua a utilizar-se o GEPAC para tudo. Um verdadeiro desastre organizacional que ilustra bem o quanto é necessário criar um Ministério da Cultura digno desse nome, e prometido, nomeadamente nos tempos idos de 2015, e que ainda não foi cumprido. Mas dirá, que importa isso, continuamos bem nas sondagens ... Genuinamente esperamos que não pense assim e que «cumpra esquerda» nas artes e na cultura..., e também no mecenato.
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