E o artigo leva a muitos daqui, do Elitário Para Todos, a transpor para a Direção Geral das Artes, onde Eduardo Prado Coelho esteve Diretor-Geral (1975/76), o entuasiasmo e alegria mostrado logo no início do texto: «Era Paris, e encontrei-o no Marais, perto de sua casa. Senti-o assoberbado com a organização da Europália-91, mas o entusiasmo era, como sempre, transbordante. Havia a extraordinária alegria de viver, de pôr uma máquina em movimento, e de lidar com novas coisas e ideias. (...). O contexto institucional era o que decorre disto: «(...) Estas tarefas, de grande alcance no domínio da Informação e da Cultura, não poderão apenas limitar-se a iniciativas governamentais sob pena de se cair no dirigismo panfletário e demagógico, negando a própria essência do ideal socialista que se deseja construir. Torna-se pois necessário e imperativo que a consciencialização social passe pelos próprios agentes que estabelecem a ponte entre os centros de decisão e o Povo, designadamente, profissionais da informação, intelectuais e artistas. Deles espera o Governo a maior colaboração e sentido de responsabilidade, entendendo-se por responsabilidade esse voto abnegado de participar e de aderir a um projeto coletivo, partilhando dos sucessos, bem como dos desaires, e não a simples contrapartida de uma consciência individual e individualista. (...)». Num dos Programas do Governo do «Verão Quente». Um pormenor: na altura, tal como hoje, Cultura e Comunicação no mesmo Ministério (o que muitos criticavam). Pois é, nos dias que correm, onde está aquele dinamismo do passado? E sem isso ...
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